segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Feliz Nova Década para Todos

Uma década=Barcelona agora é o "país" do futebol,apesar dos Voos do Ganso + O cinema conseguiu sobreviver graças aos X-Men:Wolverine,Eastwood,Shyamalan,Bellocchio,Tarantino.A Luta Continua.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rede Social

Alguem diz:filmaço! Outros se decepcionaram levando em conta diretor + roteirista.Eu vi uma sessão da tarde do século 21.Não uma como curtindo a vida adoidado.Talvez uma Academia de Genios.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Simples assim

PAULO VINICIUS COELHO
A justiça de Muricy

HÁ, NAS LARANJEIRAS, quem diga que o melhor trabalho de Muricy foi promover igualdade entre atletas do clube e do patrocinador. Há anos, os salários dos craques da Unimed dividiam o elenco, e isso era amplificado por uma profunda crise de autoridade. Com Muricy, autoridade nunca falta.
Mas o jogo do título evidencia que Muricy tem mais do que liderança. Do primeiro tempo repleto de erros de passe, em que o nervosismo e o abuso das jogadas pela direita prevaleciam, o Flu corrigiu seus defeitos. Continuou tenso até o gol da taça. Muricy corrigiu isso, fez o lado esquerdo, que serviu para um tiro cruzado de Carlinhos, tirado pela zaga bugrina na pequena área, antes do cruzamento do lateral para desvio de Washington e o gol de Emerson.
Um time que tem Conca, o melhor jogador do Brasileirão, campeão de assistências do Nacional, não pode supervalorizar o técnico. Mas lembre-se da situação do Flu em 29 de abril, dia da estreia do treinador. Fora do Estadual, perdeu para o Grêmio (3 a 2). Nem Muricy acreditava que tão rapidamente o trabalho daria o resultado que o clube buscava havia 26 anos.
O Fluminense desmente os críticos que invariavelmente indicam falta de talento para explicar crises profundas. O Flu é campeão por seu elenco. Pelos passes de Conca, pelos gols de Washington -artilheiro da campanha-, pelos cruzamentos de Mariano.
Mas como, há um ano, a maior parte desse elenco brigava contra o descenso? Como saíram de vilões a heróis da permanência na Série A e, três meses depois, estavam de novo no limbo?
Montar o time é fundamental. Para Muricy, montar um time vencedor significa escolher os melhores pelo que jogam, não pelo que jogaram. Significa ser justo. Simples assim.

Redenção

http://balaiovermelho.blogspot.com/2010/12/imagem-blog-do-torcedor-tricolor.html

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

No Silencio da Noite

De Andre Setaro para Inacio Araujo-Um Pequeno Grande Registro

Grande Inácio, Acompanho, sempre com grande interesse, seus comentários críticos lúcidos e coerentes. Seus textos na Folha, sobre os filmes que passam na televisão, possuem um poder de síntese que, não seria exagero afirmar, pela concisão e beleza, parecem ter um poder quase shakespeariano na observação dos elos sintático e semântico das obras cinematográficas em poucas linhas. John Ford é um cineasta de minha adoração, mas, infelizmente, como moro em Salvador, e a mostra se restringe ao Rio, SP e Brasília, fico, aqui, a ver navios e a ler os comentários alheios com a inveja compreensível de um fordiano frustrado.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Batman

Fernando de Barros e Silva:"Essa é uma impressão muito subjetiva, admito, mas Dilma, quando sorri, tem algo da expressão do Curinga de Jack Nicholson, no "Batman". Ou esse será José Serra? Pois, se é verdade que Dilma é um personagem de ficção, o tucano se tornou uma ficção de personagem."

sábado, 25 de setembro de 2010

Elegancia é Lucidez

Jose Geraldo Couto:"Mas eis que sai a convocação da seleção, e o nome de Neymar não consta da lista. Mano Menezes deixa claro que a exclusão é uma tentativa de "enquadrar" o garoto, de dizer que na seleção ele não vai poder cantar de galo.Muitos torcedores, irritados com os rompantes e provocações do jovem craque, aplaudiram o treinador. Juca Kfouri, com sua lucidez habitual, criticou a atitude de Mano, e concordo com ele quando diz que seria mais produtivo chamar Neymar para uma conversa "de homem para homem".Mas é difícil julgar. O que é preciso, a meu ver, é evitar a todo custo os sentimentos rancorosos e vingativos que quase sempre emergem nesses casos.O futebol e seus personagens são como uma página em branco em que projetamos nossos próprios desejos, medos e convicções. Muitos de nós usamos o que vemos no campo e fora dele para confirmar aquilo em que já acreditamos.Há muita gente que não suporta Neymar porque ele é petulante, abusado, desrespeitoso com adversários e companheiros, insubordinado com seus "superiores". Mas há também gente que não o engole simplesmente porque ele é craque, é diferente, imprevisível.A regra, o padrão, é sempre mais confortável, menos perturbador que a exceção.Tarefa difícil, num caso desses, é separar o que é de Neymar do que é de nós mesmos, ou seja, saber até que ponto é com ele mesmo que estamos brigando ou com uma parte de nós mesmos."

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sigam

http://twitter.com/joaoclaudioreal

domingo, 19 de setembro de 2010

José-Coda

Enfim cheguei exatamente no ponto em que o Paulo Francis estava quando escreveu O Afeto que se Encerra.Meu coração é de esquerda,mas o estômago rejeita.Afinal sou um pequeno burgues como Chabrol.Só me resta continuar lutando para sobreviver com o máximo de compaixão possível.Mas vou até o fim como diria o velho Chico.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Renata Lo Prete e o Futuro



As roupas e as armas de Dilma




OS DOIS PRINCIPAIS escândalos da campanha não tiveram, até aqui, impacto na intenção de voto, diz o Datafolha publicado hoje. Dilma Rousseff continua líder, com perspectiva de ganhar no primeiro turno.
Isso não significa que eles sejam irrelevantes no roteiro -presente e futuro- da candidata petista. No curto intervalo de quatro meses, ela viu alvejados dois de seus aliados mais próximos, Fernando Pimentel e Erenice Guerra.
Pimentel é ex-colega de faculdade de Dilma. Atuou ao lado dela na clandestinidade durante a ditadura. Ex-prefeito de BH e hoje candidato ao Senado, era ao mesmo tempo ombro amigo e conselheiro político.
Erenice, por sua vez, aproximou-se de Dilma depois da primeira eleição de Lula. Com gostos e personalidades parecidas, as duas viraram unha e carne no Ministério de Minas e Energia e, depois, na Casa Civil. Foi Dilma quem, antes de sair em campanha, pediu a Lula que a auxiliar a sucedesse no ministério, desejo que o padrinho atendeu.
Pimentel foi convencido a se afastar de Brasília, e em certa medida também de Dilma, depois de ter o nome associado à confecção do dossiê contra tucanos que circulou no comitê da pré-campanha presidencial -entre os papeis, estava a declaração de renda do vice-presidente do PSDB, ilegalmente surrupiada da Receita Federal.
Já Erenice está pela bola sete desde que a imprensa revelou as ações de seu filho para intermediar negócios de empresas com o governo. Não é trivial que os principais escândalos eleitorais envolvam justamente pessoas do círculo próximo de Dilma. Existem indícios de que os dois casos foram divulgados e/ou alimentados por meio de "fogo amigo" -aliados preocupados em afastar concorrentes e iniciar a demarcação dos espaços que pretendem ocupar a partir de janeiro.
Por isso, também as próximas reações de Dilma não devem ser encaradas como triviais. Podem servir como indicador de seu comportamento em caso de vitória. Num cenário, ela atua para esfriar a temperatura do noticiário. Busca permanentemente se desvencilhar dos dois casos, trata os escândalos como incidentes de campanha e seus protagonistas como perdas naturais da guerra. É o ensaio de uma Presidência cautelosa, que medirá cada passo.
Grandes planos autorais, que implicam reformas legislativas, não fariam sentido nesse cenário, ainda que Lula consiga eleger um Senado e uma Câmara dóceis. Por que Dilma se meteria no corpo a corpo com parlamentares escolados em dossiês e intrigas? Depois do trauma do mensalão, Lula mostrou no segundo mandato que é possível tocar o governo quase ao largo do Congresso -por meio de decretos administrativos e empréstimos.
Mas existe também um outro cenário. Nele, Dilma dá de ombros para o que há de criminoso nos casos da quebra de sigilo da Receita Federal e do lobby na Casa Civil, trata tudo como sabotagem política e aumenta o tom das respostas. Nesse caso, crescem as chances de que reabilite Pimentel e Erenice logo mais adiante, faça valer a força tremenda de uma vitória no primeiro turno, peite o Congresso e, já no início do ano que vem, apresente todas as suas armas.

*******************************RENATA LO PRETE *************************************************

Chico-Coda

http://www2.uol.com.br/millor/retratos/chico.htm

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Renata Lo Prete há 4 anos...

O pêndulo de Lula
O ROTEIRO se repete toda vez que petistas são apanhados em flagrante delito. Somos entupidos de relatos palacianos segundo os quais Lula estaria "muito irritado", "furioso" até, com o acontecido. No caso da montagem e compra de informações contra os tucanos, quer ver a Polícia Federal "colocar algemas" nos responsáveis. Motivo para irritação de fato existe. Se mais não fosse, o presidente perdeu seu churrasqueiro oficial e ainda teve de enfrentar uma bateria de perguntas embaraçosas ontem no "Bom Dia Brasil". A questão, no entanto, é saber se Lula ficaria aborrecido caso a operação -em suas palavras "abominável" e "imoral"- tivesse transcorrido em sigilo e ao final dado certo. Claro que não. Ainda que integrantes da campanha de Aloizio Mercadante estejam enrolados até o pescoço no episódio, não pára em pé o raciocínio de que "apenas o PT de São Paulo" teria a lucrar com a eventual desmoralização de José Serra. Não que Lula perca o sono com a perspectiva de vitória tucana no Estado. Pretende mesmo se beneficiar da rivalidade entre Serra e Aécio Neves no jogo de 2010. Mas infinitamente melhor seria uma oposição de espinha quebrada. Foi o que os compradores do dossiê e da entrevista de Luiz Antonio Vedoin à "IstoÉ" tentaram providenciar. A crônica oficiosa do humor presidencial ajuda Lula porque lhe dá a oportunidade de ser e não ser PT ao sabor de sua conveniência. No auge da crise do mensalão, ele não era. Passado o pior da tormenta, foi voltando a ser. Mais recentemente, com a campanha em céu de brigadeiro, já se permitia afagar em público os caídos. Agora, retoma as queixas e procura se mostrar apartado "desses meninos" -como se referiu, no "Bom Dia", aos operadores do dossiê, alguns dos quais lhe são fiéis desde sempre e acima de tudo. Trata-se, óbvio, de uma mistificação. Fale Lula quantos palavrões bem entender, em seu DNA está escrito PT-SP. Não há dissociação possível. A outra mistificação consiste em qualificar os homens do dossiê como "trapalhões" -o problema, fica implícito, é que "fizeram tudo errado"- e não como os golpistas que na verdade são. O tratamento condescendente cumprirá a função de facilitar a recondução "desses meninos" a suas funções, tanto subterrâneas como na churrasqueira, quando a poeira baixar e o pêndulo de Lula se mover novamente. Num ambiente em que o jornalista responsável pela entrevista de Vedoin declara sem corar que "da minha assinatura para trás, não sei o que aconteceu", não faltarão ingênuos para comprar essa farsa, nem espertos interessados em vendê-la.
*RENATA LO PRETE *

domingo, 29 de agosto de 2010

coda

De João Pereira Coutinho:"Basta consultar qualquer jornal, site ou blog para reconhecer o ritmo, a voz, os tiques de Francis. Ele foi uma espécie de blogueiro "avant la lettre", pela profusão de temas e pelo tratamento conciso e obsessivo das loucuras do mundo". De Millor: "Ser gênio não é difícil. Difícil é encontrar quem reconheça isso." http://www2.uol.com.br/millor/aberto/mapa/index.htm
http://www.msf.org.br/

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

19 de Agosto-Dia Internacional da Ajuda Humanitária

Hoje é a primeira vez que o mundo comemora o Dia Internacional da Ajuda Humanitária. A data, escolhida pela ONU no ano passado, marca o dia do ataque a um hotel de Bagdá que em 2003 causou a morte de 22 integrantes da ONU, incluindo o então Chefe da Missão das Nações Unidas no Iraque, Sérgio Vieira de Mello. Nós de Médicos Sem Fronteiras aproveitamos o Dia Internacional da Ajuda Humanitária para reforçar nosso comprometimento de levar assistência neutra e independente para aqueles que mais precisam, onde quer que seja, sem discriminição de raça, genero, crença ou orientação política.

Neste momento, temos cerca de 22 mil profissionais humanitários em mais de 400 missões pelo mundo. Desse total, aproximadamente 60 são brasileiros. Só no primeiro semestre, o Brasil enviou cerca de 59 pessoas, entre médicos, enfermeiros, economistas, farmacêuticos. Eles foram para lugares como Serra Leoa, Haiti, Quênia, Congo e Paquistão. O recrutamento de profissionais é uma das principais atividades do escritório de Médicos Sem Fronteiras no Brasil.

"Percebemos que o papel do Brasil em relação à ajuda humanitária internacional está aumentando com o passar dos anos. É cada vez maior o número de profissionais brasileiros dispostos a trabalhar em crises humanitárias ao redor do mundo", diz o diretor executivo do MSF Brasil, Tyler Fainstat. "A quantidade de pessoas que querem ajudar fazendo doações também vem crescendo nos últimos anos. Ficamos felizes de podermos ser a ponte entre aqueles que querem ajudar e aqueles que precisam de ajuda", completa.

Em casos de catástrofes no Brasil MSF também entre em ação. Neste momento, por exemplo, temos uma equipe em Alagoas atendendo as vítimas da enchente que em junho destruiu várias cidades do Estado.

Ao longo de dois meses, 15 profissionais foram enviados a Alagoas. A maioria, psicólogos, já que o nosso diagnóstico apontou um grande número de problemas mentais, o que é muito comum em situações como essas, em que as pessoas perdem suas casas, documentos e até familiares.

Tão importante quanto os 500 atendimentos feitos até agora em Alagoas é o trabalho de treinamento de profissionais locais que poderão dar continuidade ao trabalho de Médicos Sem Fronteiras. Afinal, a ajuda humanitária só é possível com a participação de uma grande rede de mobilização formada pelo poder público, por voluntários, pelos nossos colaboradores e até por você que lê e divulga as informações de Médicos Sem Fronteiras. A todos, nosso muito obrigado.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O outro me nega e me afirma ao me negar.

De Reinaldo Azevedo:"Não me lembro, desde que leio jornal — e já faz tempo porque comecei a militar com 14 anos — de uma imprensa, com as exceções de praxe, como a que leio agora. Em 1975, ainda sob forte censura, já dava para perceber uma dissonância ou outra, que se acentuou durante o processo de abertura. Vieram as eleições de 1982, as Diretas-Já, Sarney, as diretas propriamente, Collor, Itamar, FHC… E o jornalismo foi-se tornando cada vez mais crítico. Agora à distância, já dá para caracterizar algumas coisas: muitas das divergências eram, a partir de um certo momento, ação partidária. Só que “O Partido” chegou ao poder — e o que era contestação transformou-se em mera justificação do presente. Ocorre que “O Partido” tem valores. Serão valores democráticos? Já volto aqui.

Antes que o processo sucessório fosse deflagrado, definiu-se em amplos setores da imprensa e em alguns aparelhos que até chegam a se confundir com institutos de pesquisa que a sucessão, no Brasil, se daria segundo a vontade de Lula. A equação considerada fatal era esta: presidente muito popular faz seu sucessor, pouco importando se algumas democracias do mundo já demonstraram, na prática, que pode não ser assim. Basta que se recue no tempo — a Internet pode servir para derreter memórias, mas também pode servir para reavivá-las — e se verá: mesmo quando Serra vencia a disputa no primeiro turno, asseverava-se: “Vai mudar”. E se estabeleceu uma doxa: Lula elege quem ele bem quiser. E o noticiário passou a perseguir esse futuro. Em muitos casos, esforçou-se para construí-lo. Era o caso de perguntar: “Eleições para quê? O fututo está selado!” Leiam a Folha de S. Paulo hoje: “Eleições para quê? O futuro está selado!”

Dilma, hoje, está na frente. Os analistas diriam, então, satisfeitos: “Viram como estávamos certos?” Porque, no passado, asseverava-se que tudo iria mudar, praticamente não havia notícia positiva para o tucano. Porque acabaram mudando, continua a não haver notícia positiva para o tucano, claro!, pouco importa o que ele faça e o que aconteça. É o que se viu no debate Folha/UOL: a superioridade de Serra no encontro ficou patente, embora Dilma Rousseff não tenha sido um deastre. Mas não! Isso jamais se dirá. Ao contrário: a candidata petista está despertando em certos círculos uma perversão intelectual inédita (vejam qual é no post abaixo deste). Desempenho de Serra? A Folha decretou a morte da candidatura tucana na edição desta quinta. Basta ler. Como se estabeleceu que ele vai perder, então não faz nada de certo ainda que faça, e os erros dela acabam se revelando… acertos.

Os valores
O debate político na imprensa encontra-se em estado terminal — e as exceções só evidenciam essa agonia. Entre a militância partidária, a submissão à patrulha e a mais assustadora ignorância — há gente cobrindo política que jamais leu um maldito livro a respeito; e, bem, ela também é uma ciência e congrega um saber —, sobra espaço para a torcida e para uma variante de assédio moral, que o PT exercita com rara competência.

O que importa que Lula se coloque como o “dono” do povo, doando-o, por vontade soberana — como o jingle e a propaganda deixam claro — à sua candidata? Que importa que esse tipo de pensamento tenha história, tenha uma filiação ideológica, tenha, em suma, passado? Que importa que isso seja, em si, a negação de princípios básicos da democracia? Nada importa! No fundo, boa parte vê o confronto eleitoral como a luta entre “progressistas” e “reacionários”, ainda que notáveis e notórios reacionários sejam hoje garotos-propaganda daquele tipo de progressismo.

Encerro
Não vejo nada disso com olhos apocalípticos ou dou, sei lá, a causa por perdida. Não tenho causa nenhuma! Faço a crítica porque acho que meus leitores têm direito a esse debate e porque quero que esse registro fique como documento de um tempo.

E houve um tempo em que um candidato de oposição contestar uma candidata do governo foi considerado “agressividade”. Houve um tempo em que “o pai do povo” anunciou que passaria o bastão para a “mãe do povo”, e a quase totalidade do jornalismo político fez um silêncio cúmplice, rompendo-o apenas para atacar o candidato da oposição. Não que ele não possa ser atacado. Claro que pode!

Mas quais são os valores que pautam, num caso, o ataque e, no outro, o silêncio? Entre petistas, ignorantes e covardes, os covardes são o pior tipo, como sempre. Afinal, os petistas sempre sabem o que fazem; os ignorantes nunca sabem o que fazem; e os covardes fingem não saber, fazendo".


terça-feira, 17 de agosto de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Marilia Ruiz- Elegance

A Espanha que chegou à Copa favorita não tem nada a ver com aquela conhecida como “Fúria” em anos anteriores.
Trocasse a camisa e poderíamos reconhecer no time de Del Bosque um Brasil de anos atrás, um time que privilegia o talento em detrimento da tática e da força, um time que tenta ganhar, que chuta a gol, que sofre e assusta-se com os contra-ataques rivais, mas que assusta e ataca muito mais.
A Fúria desapontou muitas vez es por ter interrompida repetidas vezes sua volúpia de futebol voluntarioso, por fazer sublimar seu “furor”, por virar pó frente a times mais tradicionais: por amarelar, como se convencionou chamar esse tipo de comportamento em campo. Ainda que não se possa falar que essa Espanha de 2010 seja irresistível, imbatível ou coisa que valha, é possível dizer que se trata de um time sedutor. E a partida que selou a classificação da Espanha à inédita final foi o resumo fiel disso.
A Espanha 2010 toca a bola com paciência. Não tem pressa. E envolve. Com um "q" de Barcelona, a Espanha, com consistente defesa, meio criativo e ataque perigoso, é o time mais “elegante” desta Copa. E mesmo assim assusta. Tão “não” Fúria... Tão espanhol!

Guerrilha contra Guerreiros II(by Reinaldo Azevedo)

O diário espanhol Marca divulgou ontem um vídeo em que ninguém menos do que a rainha Sofía, da Espanha, “invade” o vestiário da seleção de seu país — e basta olhar o estado em que se encontrava aquilo para perceber que a cena não foi armada, não com muita antecedência ao menos — para parabenizar os jogadores depois da vitória contra a Alemanha. Dunga diria que a rainha foi lá para “ver homem pelado”.
Certamente não foi para isso, mas quase. Puyol, o herói da partida, um tanto constrangido, cumprimenta a rainha de toalha na cintura. Publico acima o vídeo que já está no Youtube. No Marca, vocês encontram a versão sem corte, com a rainha tropeçando nos meiões largados pelo caminho.
É claro que o contraste entre a figura sóbria da rainha e o ambiente um tanto insalubre do vestiário ajuda a fazer a graça da cena. Mas o que há de bacana no conjunto é uma certa nonchalance — dela e deles —, que em nada lembra o clima de guerra que os idiotas brasileiros resolveram imprimir à disputa.
Não tem essa de reino de chuteiras, não! A rainha, diga-se, encontra o reino sem chuteira, sem camisa, sem meias e até sem calção! Dunga e Jorginho — eleitos pela vontade magnânima do rei Ricardo Teixeira, um ditador um pouco menos longevo do que Fidel Castro — a colocariam para fora aos pontapés. Para não atrapalhar a concentração dos seus guerreiros…
A elegância não depende de educação formal, classe social ou ambiente. A elegância é um conjunto harmonioso de delicadezas que não tem precondições.(por Reinaldo Azevedo)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Guerrilha contra Guerreiros

Em resposta a esses tempos de subdunguismo reabro o blog Elegancia(http://luzjose.blogspot.com/) com um texto de Tostão sempre genial e sóbrio.Ele é um exemplo de que elegancia não é perfumaria e sim,sintoma da luta renhida entre a nossa,ainda que pouca, lucidez e nossos vicios.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

millorfernandes

  1. Viver com simplicidade, cada dia é mais complicado.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Cineas Santos e o Santos

Na remota década de 60, todos os dias, no final da tarde, uma cambada de moleques entanguidos plantava-se à porta da casa de dona Purcina, no bairro Aldeia, à espera da ração de bola. Éramos quase todos do mesmo tope e todos da mesma cor: marrom-descaso. Integravam a cabroeira: Cleto, Valdemar, Paredão, Tonico, Berto, Zé do Jaburu, Orlando da Bela, Nivaldo, Walter do Candinho, Pedro e Solimar. Eventualmente, apareciam no terreiro: Marcelo Castro e Antônio Macedo, os dois únicos bem-nascidos do bando. Os outros éramos xerém. À época, bola era produto raro e caro. Muitas vezes, disputamos rachas animadíssimos com prosaicas bexigas de boi ou bolinhas de meia. No dia em que comprei minha primeira bola de borracha, uma autêntica “casco-de-peba”, não consegui me concentrar na aula: meu pensamente não se desgrudava dela. Parafraseando Bandeira, aquela bolinha foi minha primeira amante. E como o porquinho-da-índia do Poeta, ela não fazia o menor caso dos meus acenos e carinhos: preferia os chutes certeiros de Paredão e Solimar, o que me deixava roído de ciúmes...

Perdidos naquela aldeia remota, onde o rádio era um luxo só permitido a dois ou três ricaços, tínhamos uma verdadeira veneração pelo único time que conhecíamos: o do Pelé. Qualquer um de nós sabia de cor e salteado a escalação daquela máquina de destroçar adversários: Gilmar, Mauro, Dalmo, Lima, Zito, Melgálvio, Calvet, Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. À época, o time da Vila não tinha o menor pejo em pegar quatro gols numa partida; Pelé, Coutinho e Pepe, faziam cinco ou seis, dependendo do humor de cada um. Houve um dia, porém (14 de novembro de 63), em que o Milan cruzou o caminho do Santos para tirar-lhe o título de bi-campeão Interclubes. Para desbancar a equipe da Vila, o time italiano contava com a cumplicidade e a competência de dois brasileiros: Mazola e Amarildo, também conhecido como “o possesso”. Para os mais jovens, um lembrete: Amarildo fora o substituto de Pelé na copa de 62 da qual saiu consagrado. Era um centroavante rompedor e perigoso. Não bastasse isso, o Santos, naquele dia, não podia contar com Pelé, Zito e Calvet. 130 mil torcedores, no Maracanã, assistiram, consternados, a um primeiro tempo em que o Santos levou dois gols e não fez nenhum. Nos mais antigos, bateu a síndrome de macaranaço, medo de que se repetisse ali o que ocorrera em 1950, quando perdemos a copa do mundo para o Uruguai. Ledo engano. Se os italianos tinham um “possesso”, o Santos tinha um “alucinado”, Almir Pernambuquinho que, literalmente, comandou a reação e a virada sensacional. Vencemos por 4X2. Um dia para não ser esquecido.

Por que me lembrei disso agora? É escusado explicar. Com a mesma angústia vivida há 47 anos, vi o time dos “Meninos da Vila”, com três jogadores a menos, segurar a fúria do Santo André, na tarde do dia 2 de maio. Neymar, Robinho e Ganso fizeram a diferença. Finda a peleja, só me faltou a companhia dos moleques da minha aldeia, notadamente do Paredão, para que a alegria fosse completa. Um dia para ser lembrado, mesmo por um flamenguista juramentado como eu.

Reiniciando o jogo

Inacio Araujo:"De vez em quando acontecem esses fenômenos que fazem tudo em volta parecer, subitamente, envelhecido.

Até um mês atrás todo mundo achava a seleção do Dunga o máximo. Hoje, ela parece um lixo: deixou de fora Neymar e Ganso.

É mais ou menos como a Nouvelle Vague mesmo quando apareceu, há uns 50 anos."

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reiniciando o jogo

Fernando de Barros e Silva:"Há um jeito esclarecido, cosmopolita, de gostar do Brasil. E há um patriotismo tosco, burrinho, que costuma servir de válvula de escape para pendores autoritários e fanatismos afins. Em seus piores momentos, é esse o sentimento que o futebol mobiliza e atrai.
Há algo profundamente regressivo no espírito cívico-militar que Dunga confere à sua seleção de "soldados da pátria". Nessa guerra lúdica e imaginária, deixamos em casa algumas das nossas melhores armas: talento, alegria, genialidade. Que vençam os artistas da bola!"

Reiniciando o jogo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-bola-como-metafora/

quinta-feira, 8 de abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

O Oscar e O Futebol por Sergio Rizzo

1)Guerra ao Terror" bateu "Avatar" por 6 x 3. Em futebol, seria goleada e talvez derrubasse técnico. 2)No Oscar de filme estrangeiro, a Argentina agora bate o Brasil por 2 x 0, com a compreensível vitória de "O Segredo dos Seus Olhos" -- cujo diretor, Juan José Campanella, trabalha em seriados nos Estados Unidos, como "Law & Order", "House" e "30 Rock".
A Argentina recebeu o Oscar pela primeira vez em 1986, com "A História Oficial". Meses depois, a então desacreditada seleção do país, com os pés indomáveis e a célebre mãozinha de Diego Maradona, foi campeã do mundo no México.
Não tenha dúvida de que o supersticioso Maradona, agora treinador da seleção que vai à África do Sul, acordou hoje acreditando que o destino lhe enviou um sinal.

Diego Assunção fez justiça antes


KATHRYN BIGELOW

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Rebolation

Ah, sim: Dilma também comentou o mais novo escândalo do governo Lula: a pornográfica valorização das ações da Telebras, com cheiro de negociata privada e para a qual colaborou ativamente o buliçoso Zé Dirceu. Escreve o Estadão:
“A ministra comentou também reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo sobre uma suposta assessoria prestada pelo ex-ministro José Dirceu à Star Overseas, grupo empresarial que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada por meio da aquisição da infraestrutura da rede de fibras óticas da empresa Eletronet. Segundo Dilma, o governo ganhou na Justiça, por meio de um processo que durou três anos, sem qualquer negociação. Além disso, disse ela, a Eletronet não é credora da União.”
Só uma coisinha ao Estadão. Não há nada de “SUPOSTA” na “assessoria” prestada por Dirceu. O próprio assessorado confirmou à Folha o pagamento feito a este gigante da consultoria. Quanto à resposta de Dilma, diria que se trata de uma fala típica de… Dilma.! Opta pelo tecniquês irrelevante e deixa o principal de lado. Alguém questionou vitória ou derrota na Justiça? O que é preciso é responder às evidências de uma negociata bilionária.
É o estilo “Dilmation”, mistura de rebolation com enrolation(por Reinaldo Azevedo)**************************************************************************************Como um criador generoso, ou um pai que vai casar a sua filha, Lula se esforçou para emancipar a sua criatura no 4º Congresso Nacional do PT. Fez um discurso de 46 minutos para cumprir, nas suas palavras, "a tarefa extremamente difícil de convencer vocês a votar na companheira Dilma".A brincadeira tinha um fundo verdadeiro. Apesar do empenho para apresentar Dilma como nome natural do PT e da coalizão do governo, a condição de Lula de fiador do processo ficou evidente: "Eleger a Dilma não é uma coisa secundária para o presidente, é prioritário para mim neste ano".Frases de Lula como "Dilma não pode ser candidata do vazio porque é a candidata do mais importante partido de esquerda do país", ou, então "só quem não conhece Dilma pode achar que ela faria o papel de tampão", pareciam confirmar, nas entrelinhas, o artificialismo que a sua fala procurava afastar da candidatura.Se Lula desempenhou o seu papel, Dilma procurou fazer a lição de casa. Não poupou elogios ao mestre. Logo de saída, rendeu homenagens ao "nosso líder, o meu líder, o presidente Lula, o Lula". Atrás dela, um imenso painel com a foto dos dois abraçados trazia enunciado: "Com Dilma, pelo caminho que Lula nos ensinou".Na sequência, os dois discursos acabaram evidenciando as diferenças de estilo e tamanho dos personagens. Lula falou de improviso. Com a desenvoltura habitual e a audiência na mão, desfiou um roteiro em que enumerava razões para o PT acolher Dilma. Falou da "coragem política", da "capacidade gerencial", da "condição feminina".Dilma leu o seu discurso no teleprompter. Bebeu água várias vezes, parecia um pouco nervosa, uma debutante. Apesar do esforço para dar naturalidade à sua fala, havia nela algo burocrático e momentos de tédio professoral.O discurso de Dilma tinha três partes distintas: uma primeira, com acento sentimental, voltada para sua biografia e história política; a segunda, em que elencou os feitos do governo Lula, mas evitando fazer menção à gestão FHC; e a última, enumerando desafios do futuro. No final, chegou a chorar ao homenagear os amigos mortos pela ditadura.Foi uma festa e Dilma saiu aclamada. Ouvimos músicas exaltando a candidatura em vários ritmos -neossertanejo, marchinha de Carnaval, batuque afro, no estilo olodum, até a "Aquarela do Brasil". A superprodução, porém, não foi suficiente para garantir uma arrancada apoteótica. Fica a sensação de que ainda falta rebolado -"rebolation"- à candidata(por Fernando de Barros e Silva).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Daniel Piza Avisa

Não estou defendendo a volta de Ronaldo e Roberto Carlos, a menos que arrebentem nos próximos meses. Por sinal, considero absurdo que Dunga e a CBF sugiram que o Brasil perdeu em 2006 porque faltou esse tal comprometimento a Ronaldo. Se faltou a ele, faltou a todos, a alguns mais ainda do que a ele. Mas falar assim do sujeito que mais fez pela seleção depois de Pelé é sintoma do problema que aponto: a falta de grandeza. É essa falta de grandeza que impede que Dunga chame de volta Ronaldinho, por exemplo, ou arrisque chamar Neymar. Foi grandeza o que Parreira mostrou em 1994 ao convocar Romário no final das Eliminatórias, e o que Felipão mostrou em 2002 ao apostar em Ronaldo e Rivaldo quando quase ninguém acreditava neles. Reitero: todo grupo pronto só está pronto para ser derrotado.

Mais Machado

http://maisquadrinhos.blogspot.com/2010/02/machado-de-assis-em-quadrinhos.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ivan Lessa e Will Eisner

Internetando, digo a verdade, sou mais história em quadrinho. Da época de ouro da HQ. Lá entre os anos 40 e 50. Depois veio Stan Lee, romance gráfico, tudo, as coisas e as pessoas, ficaram excessivamente sérias. Tudo bobagem. Foucault e Derrida nunca se preocuparam com essas coisas. Nem mulheres nuas e peladas, nem com o Doll Man, o Homem-Bala, Manolita, Meia-Noite, Brucutu e Dick Tracy.
Will Eisner é o santo padroeiro dessa gente toda, dessa época que se foi. Chegou até mesmo, num dia menos inspirado, a perpetuar o primeiro romance gráfico. Se visse o que Alan Moore e o Frank Miller e o Art Spiegelman fizeram com o gênero, deixaria serenamente que o Espírito encerrasse seu expediente se casando afinal com Helen Dolan além do mais com a benção do Comissário Dolan. E fim de história. Em quadrinho.
Almocei uma vez com Will Eisner. Todos brasileiros almoçaram uma vez com Will Eisner. Ele nunca disse não a um festival de HQ, fosse no Rio, São Paulo ou Guarapuçaú. Nem todo brasileiro tem, no entanto, dois desenhos do Espírito incentivando-o, como é meu caso, a "keep up the good fight". Estão lá em casa. Emoldurados e pendurados na parede de meu quarto-escritório.

Brás por Srbek-Coda

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu,Wolverine

Na lista abaixo eu incluiria o Logan de Miller e Claremont

44 do Balaio de Moacy Cirne e Uma do Coda

OBRAS-PRIMAS DOS QUADRINHOS
segundo a nossa leitura crítico-afetivo-seridoense
- em dezembro de 2009

Séries quadrinhísticas:

1. Spirit (Eisner, 1940)
2. Krazy Kat (Herriman, 1911)
3. Philémon (Fred, 1966)
4. Little Nemo (McCay, 1905)
5. Corto Maltese (Pratt, 1967)
6. Ken Parker (Berardi & Milazzo, 1977)
7. Tarzan (Hogarth, 1937)
8. Lobo Solitário (Koike & Kojima, 1969)
9. Sin City (Miller, 1991)
10. Flash Gordon (Raymond, 1934)
11. Zeferino & Graúna (Henfil, 1972)
12. Sandman (Gaiman & outros. 1988)
13. Hit Parade (Wolinski, 1967)
14. Ferdinando (Capp, 1934)
15. Valentina (Crepax, 1965)
16. Mr. Natural (Crumb, 1967)
17. Dick Tracy (Gould, 1931)
18. Príncipe Valente (Foster, 1937)
19. Pogo (Kelly, 1941)
20. Feiffer (1956)
21. Pererê (Ziraldo, 1959)
22. Mafalda (Quino, 1964)

Novelas gráficas, mini-séries & similares:

1. Arzach (Moebius, 1978)
2. Bloodstar (Corben, 1976)
3. Lanterna mágica (Crepax, 1979)
4. Sonhar, talvez (Manara, 1983)
5. Elektra assassina (Miller & Sienkiewicz, 1989)
6. V de Vingança (Moore & Lloyde. 1982)
7. Incal (Jodorowsky & Moebius, 1981-82)
8. Batman: Asilo Arkham (Morrison & McKean, 1984)
9. Watchmen (Moore & Gibbons, 1986)
10. Nausicaa (Miyasaki, 1983)
11. O edifício (Eisner, 1987)
12. Batman: O Cavaleiro das Trevas (Miller, 1984)
13. Rever as estrelas (Manara, 1998)
14. Palestina - Uma nação ocupada (Sacco, 1999)
15. Saga de Xam (Devil & Rolin, 1967)
16. À sombra das torres ausentes (Spiegelman, 2004)
17. Jodelle (Pellaert & Bartier, 1966)
18. Os olhos do gato (Jodorowsky & Moebius, 1987)
19. Neverwhere (Corben, 1979)
20. Viagem a Tulum (Fellini & Manara, 1986)object
21. Quadrinhos em fúria (Luiz Gê, 1984)
22. O dobro de cinco (Lourenço Mutarelli, 1999)

Brás por Srbek

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um texto que explica John Ford,John Woo,Invictus,Futebol,Beyonce,Norah Jones e a Vida

CARLOS HEITOR CONY-Pais e filhos
- Pesquisa divulgada há pouco, dessas que ouvem milhares de pessoas de diferentes classes econômicas e sociais, procurou entender (ou explicar) as causas e efeitos que separam as gerações. Não se tratou do eterno conflito que sempre existiu entre velhos e moços atuando no interior da sociedade humana. O universo pesquisado foi o lar, a família, os pais e os filhos. De forma emblemática, eles representam o conflito entre o velho e o novo, mas há detalhes próprios dessa luta na célula familiar.A novidade desta vez é que o mal-estar entre as gerações que vivem sob o mesmo teto e repartem a mesma mesa é apenas um mal-entendido cultural de ambas as partes. Os pais acham que os filhos, por serem jovens, são necessariamente felizes, têm tudo da vida, tudo podem esperar do mundo. Os filhos acham que os pais, por representarem o poder, são necessariamente felizes, porque chegaram lá.Acontece que nem os filhos são obrigatoriamente felizes nem os pais estão obrigatoriamente realizados. Os filhos reclamam das cobranças paternas. Os pais acreditam que os filhos não reconhecem o valor (e o preço) do lar constituído, da comida na mesa todos os dias.Bastaria um olhar mais profundo de um grupo sobre o outro para desmanchar o equívoco. Nem os filhos precisam invejar os pais pelo poder nem os pais precisam ficar despeitados porque os filhos têm a vida toda à frente deles.O que salva a situação, pelo menos em alguns casos menos dramáticos, é o amor entre pais e filhos, e não o simples dever de colocar feijão todos os dias na mesa, para os pais, nem o respeito que os filhos devem ter por quem os sustenta. O amor nunca será a soma de iguais. Será sempre mais amor quando forem diferentes.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

"um certo sentimento íntimo" como escreveu Machado de Assis

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Toque de Mestre.

Ontem vi Ao Rufar dos Tambores e As Vinhas da Ira.Um cinema além da política e da arte.Um cinema que é simplesmente a vida tocada em frente.Bola no chão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Recomendo Vivamente

http://blogdozegeraldocouto.folha.blog.uol.com.br

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Simples

Uma ideia simples e revolucionária
***MILÚ VILLELA

A DOUTORA Zilda Arns, que perdeu a vida no trágico terremoto no Haiti, nos deixou a valiosa lição de que, no campo social, as soluções simples são as que dão melhores resultados. A Pastoral da Criança, fundada por ela em 1983, se converteu num exemplo de tecnologia social justamente porque não enveredou por caminhos desnecessariamente complexos. Apoiada numa rede de voluntárias, a pastoral conseguiu derrubar a mortalidade e a desnutrição infantil no país adotando medidas singelas, como a difusão do soro caseiro para combate à diarreia e à desidratação. Como dizia a dra. Zilda, "tudo o que a pastoral faz é simples". Foi assim que nasceu a ideia de criar misturas nutricionais com sobras de alimentos antes rejeitadas pelas comunidades pobres. Nas mãos das voluntárias da pastoral, cascas de frutas e legumes se transformaram em misturas capazes de levar saúde e reduzir drasticamente a desnutrição de milhares de crianças em todo o país. Ela também nos deixou outra lição igualmente simples e fundamental: a informação e a conscientização das famílias, especialmente das mulheres, é fator decisivo para a criação de um novo ambiente de cidadania nas comunidades carentes. As voluntárias da pastoral se mobilizam para atender as crianças. Sua ação se dá com as mães e gestantes que recebem informações sobre higiene, cuidados com pré-natal e as crianças e sobre os direitos dos pequenos num país onde as garantias legais muitas vezes teimam em não sair do papel. Com esse suporte, as mães atendidas recuperam a autoestima e conseguem enfrentar melhor os desafios da maternidade. Mas nada disso teria o efeito espetacular que hoje se conhece se não houvesse a dimensão comunitária que a pastoral soube imprimir em sua atuação. As mais de 260 mil voluntárias da entidade vão a campo com genuíno interesse em dar apoio às famílias das classes menos favorecidas. Essas guerreiras são da própria comunidade em que atuam. Conhecem os problemas que estão ao seu redor e têm a legitimidade necessária para passar adiante o conhecimento acumulado. Juntas, elas formam uma rede de proteção e apoio que não resulta apenas nas condições nutricionais das crianças e na condução adequada da gestação. O impacto do trabalho da pastoral pode ser sentido também na redução da violência doméstica e no melhor planejamento familiar. Esse trabalho em rede talvez seja o melhor exemplo de voluntariado de que se tem notícia no país. As mulheres aprendem umas com as outras, recebem capacitação da pastoral e angariam novas parceiras pelo caminho. Foi essa bem construída rede de colaboração que permitiu à pastoral se transformar numa referência não só no Brasil, onde atende mais de 1,8 milhão de crianças e 95 mil gestantes em mais de 42 mil comunidades de 4.066 municípios. A expertise da pastoral chegou a países da América Latina e da África graças ao vigor da dra. Zilda na difusão de seu modelo em regiões pobres do mundo. Ela não estava no Haiti por acaso. No momento em que boa parte das famílias brasileiras goza de férias de início de ano, Zilda Arns embarcou para o Haiti para levar a mensagem da Pastoral da Criança ao país mais pobre das Américas. É emblemático que ela tenha perdido a vida nesse desastre. A dra. Zilda não era uma mulher de gabinete. Ela ia a campo e viveu intensamente o papel de missionária que sonhou para si aos 15 anos de idade. Sua ida ao Haiti, um país devastado pela guerra civil e pelos conflitos sociais, só ressalta o compromisso que tinha com a pastoral e a melhoria de vida das famílias pobres. A perda de uma figura tão brilhante em situação tão trágica nos impele a buscar lições que possam gerar novos frutos. E não são poucas as boas ideias deixadas por essa médica pediatra e sanitarista que revolucionou a questão da saúde infantil no Brasil. Que a simplicidade e a eficácia defendidas por ela continuem a prosperar entre nós. E que o trabalho voluntário das mulheres da pastoral prossiga, sirva de exemplo e ganhe cada vez mais relevância no Brasil e em outros países. É o que esperam as crianças que dependem da generosidade alheia para vencer os desafios da existência e todo o conjunto daqueles que lutam por uma sociedade mais justa. ***MILÚ VILLELA é membro fundador e coordenadora da Comissão de Articulação do movimento Todos pela Educação, além de presidente do Faça Parte, do Centro de Voluntariado de São Paulo, do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) e do Instituto Itaú Cultural.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Fé Cega Pé Atrás

"Na Copa de 1994, nos EUA, após longa ausência dos estádios, impressionou-me a seleção da Nigéria.
Nas oitavas de final, os africanos davam um baile na Itália, ganhavam por 2 a 0 e, aí, começaram a firular. A Itália empatou e eliminou a Nigéria, na prorrogação.
Na época, ficou a impressão de que, se os africanos mantivessem a fantasia e se tornassem mais disciplinados, seriam, em uns 10 a 15 anos, fortes candidatos a um título mundial. Dois anos depois, a Nigéria venceu Brasil e Argentina e ganhou a medalha de ouro olímpica. Isso reforçou a expectativa.
Na verdade, a geração da Nigéria de 1994 a 1998 era exceção. A Nigéria foi também campeã da Copa Africana de Nações de 1994 e passou às oitavas de final da Copa do Mundo de 1998. As seleções africanas têm poucos excelentes jogadores. A maioria é apenas razoável e atua em times pequenos da Europa.
A evolução do futebol africano não se realizou, como se esperava.
A África levou muitos treinadores europeus, ficou muito disciplinada -até demais-, mas perdeu muito de sua fantasia.
Para se formar uma grande equipe, com muito talento individual e coletivo, é preciso unir a disciplina tática com a fantasia, o planejamento com a improvisação, a técnica com a inventividade. Não é uma coisa ou outra. Isso é importante em qualquer atividade. Assim, o Brasil ganhou cinco Copas do Mundo.
É necessário sonhar com os olhos abertos".TOSTÃO

Homenagem à Beleza

"Os filmes do francês Eric Rohmer têm muitos pontos dignos de nota. Primeiro, são lindos. Rohmer adora a beleza e tem para ela um olho classicista, em que tudo, da luz às cores, é harmonioso (qualidade que se estende às suas atrizes, de lindas proporções)". Isabela Boscov

sábado, 9 de janeiro de 2010

Lula

O maior feito do Lula malgré lui foi desmoralizar os esquerdistas que querem ser "mais iguais que os outros".