segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Batman

Fernando de Barros e Silva:"Essa é uma impressão muito subjetiva, admito, mas Dilma, quando sorri, tem algo da expressão do Curinga de Jack Nicholson, no "Batman". Ou esse será José Serra? Pois, se é verdade que Dilma é um personagem de ficção, o tucano se tornou uma ficção de personagem."

sábado, 25 de setembro de 2010

Elegancia é Lucidez

Jose Geraldo Couto:"Mas eis que sai a convocação da seleção, e o nome de Neymar não consta da lista. Mano Menezes deixa claro que a exclusão é uma tentativa de "enquadrar" o garoto, de dizer que na seleção ele não vai poder cantar de galo.Muitos torcedores, irritados com os rompantes e provocações do jovem craque, aplaudiram o treinador. Juca Kfouri, com sua lucidez habitual, criticou a atitude de Mano, e concordo com ele quando diz que seria mais produtivo chamar Neymar para uma conversa "de homem para homem".Mas é difícil julgar. O que é preciso, a meu ver, é evitar a todo custo os sentimentos rancorosos e vingativos que quase sempre emergem nesses casos.O futebol e seus personagens são como uma página em branco em que projetamos nossos próprios desejos, medos e convicções. Muitos de nós usamos o que vemos no campo e fora dele para confirmar aquilo em que já acreditamos.Há muita gente que não suporta Neymar porque ele é petulante, abusado, desrespeitoso com adversários e companheiros, insubordinado com seus "superiores". Mas há também gente que não o engole simplesmente porque ele é craque, é diferente, imprevisível.A regra, o padrão, é sempre mais confortável, menos perturbador que a exceção.Tarefa difícil, num caso desses, é separar o que é de Neymar do que é de nós mesmos, ou seja, saber até que ponto é com ele mesmo que estamos brigando ou com uma parte de nós mesmos."

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sigam

http://twitter.com/joaoclaudioreal

domingo, 19 de setembro de 2010

José-Coda

Enfim cheguei exatamente no ponto em que o Paulo Francis estava quando escreveu O Afeto que se Encerra.Meu coração é de esquerda,mas o estômago rejeita.Afinal sou um pequeno burgues como Chabrol.Só me resta continuar lutando para sobreviver com o máximo de compaixão possível.Mas vou até o fim como diria o velho Chico.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Renata Lo Prete e o Futuro



As roupas e as armas de Dilma




OS DOIS PRINCIPAIS escândalos da campanha não tiveram, até aqui, impacto na intenção de voto, diz o Datafolha publicado hoje. Dilma Rousseff continua líder, com perspectiva de ganhar no primeiro turno.
Isso não significa que eles sejam irrelevantes no roteiro -presente e futuro- da candidata petista. No curto intervalo de quatro meses, ela viu alvejados dois de seus aliados mais próximos, Fernando Pimentel e Erenice Guerra.
Pimentel é ex-colega de faculdade de Dilma. Atuou ao lado dela na clandestinidade durante a ditadura. Ex-prefeito de BH e hoje candidato ao Senado, era ao mesmo tempo ombro amigo e conselheiro político.
Erenice, por sua vez, aproximou-se de Dilma depois da primeira eleição de Lula. Com gostos e personalidades parecidas, as duas viraram unha e carne no Ministério de Minas e Energia e, depois, na Casa Civil. Foi Dilma quem, antes de sair em campanha, pediu a Lula que a auxiliar a sucedesse no ministério, desejo que o padrinho atendeu.
Pimentel foi convencido a se afastar de Brasília, e em certa medida também de Dilma, depois de ter o nome associado à confecção do dossiê contra tucanos que circulou no comitê da pré-campanha presidencial -entre os papeis, estava a declaração de renda do vice-presidente do PSDB, ilegalmente surrupiada da Receita Federal.
Já Erenice está pela bola sete desde que a imprensa revelou as ações de seu filho para intermediar negócios de empresas com o governo. Não é trivial que os principais escândalos eleitorais envolvam justamente pessoas do círculo próximo de Dilma. Existem indícios de que os dois casos foram divulgados e/ou alimentados por meio de "fogo amigo" -aliados preocupados em afastar concorrentes e iniciar a demarcação dos espaços que pretendem ocupar a partir de janeiro.
Por isso, também as próximas reações de Dilma não devem ser encaradas como triviais. Podem servir como indicador de seu comportamento em caso de vitória. Num cenário, ela atua para esfriar a temperatura do noticiário. Busca permanentemente se desvencilhar dos dois casos, trata os escândalos como incidentes de campanha e seus protagonistas como perdas naturais da guerra. É o ensaio de uma Presidência cautelosa, que medirá cada passo.
Grandes planos autorais, que implicam reformas legislativas, não fariam sentido nesse cenário, ainda que Lula consiga eleger um Senado e uma Câmara dóceis. Por que Dilma se meteria no corpo a corpo com parlamentares escolados em dossiês e intrigas? Depois do trauma do mensalão, Lula mostrou no segundo mandato que é possível tocar o governo quase ao largo do Congresso -por meio de decretos administrativos e empréstimos.
Mas existe também um outro cenário. Nele, Dilma dá de ombros para o que há de criminoso nos casos da quebra de sigilo da Receita Federal e do lobby na Casa Civil, trata tudo como sabotagem política e aumenta o tom das respostas. Nesse caso, crescem as chances de que reabilite Pimentel e Erenice logo mais adiante, faça valer a força tremenda de uma vitória no primeiro turno, peite o Congresso e, já no início do ano que vem, apresente todas as suas armas.

*******************************RENATA LO PRETE *************************************************

Chico-Coda

http://www2.uol.com.br/millor/retratos/chico.htm

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Renata Lo Prete há 4 anos...

O pêndulo de Lula
O ROTEIRO se repete toda vez que petistas são apanhados em flagrante delito. Somos entupidos de relatos palacianos segundo os quais Lula estaria "muito irritado", "furioso" até, com o acontecido. No caso da montagem e compra de informações contra os tucanos, quer ver a Polícia Federal "colocar algemas" nos responsáveis. Motivo para irritação de fato existe. Se mais não fosse, o presidente perdeu seu churrasqueiro oficial e ainda teve de enfrentar uma bateria de perguntas embaraçosas ontem no "Bom Dia Brasil". A questão, no entanto, é saber se Lula ficaria aborrecido caso a operação -em suas palavras "abominável" e "imoral"- tivesse transcorrido em sigilo e ao final dado certo. Claro que não. Ainda que integrantes da campanha de Aloizio Mercadante estejam enrolados até o pescoço no episódio, não pára em pé o raciocínio de que "apenas o PT de São Paulo" teria a lucrar com a eventual desmoralização de José Serra. Não que Lula perca o sono com a perspectiva de vitória tucana no Estado. Pretende mesmo se beneficiar da rivalidade entre Serra e Aécio Neves no jogo de 2010. Mas infinitamente melhor seria uma oposição de espinha quebrada. Foi o que os compradores do dossiê e da entrevista de Luiz Antonio Vedoin à "IstoÉ" tentaram providenciar. A crônica oficiosa do humor presidencial ajuda Lula porque lhe dá a oportunidade de ser e não ser PT ao sabor de sua conveniência. No auge da crise do mensalão, ele não era. Passado o pior da tormenta, foi voltando a ser. Mais recentemente, com a campanha em céu de brigadeiro, já se permitia afagar em público os caídos. Agora, retoma as queixas e procura se mostrar apartado "desses meninos" -como se referiu, no "Bom Dia", aos operadores do dossiê, alguns dos quais lhe são fiéis desde sempre e acima de tudo. Trata-se, óbvio, de uma mistificação. Fale Lula quantos palavrões bem entender, em seu DNA está escrito PT-SP. Não há dissociação possível. A outra mistificação consiste em qualificar os homens do dossiê como "trapalhões" -o problema, fica implícito, é que "fizeram tudo errado"- e não como os golpistas que na verdade são. O tratamento condescendente cumprirá a função de facilitar a recondução "desses meninos" a suas funções, tanto subterrâneas como na churrasqueira, quando a poeira baixar e o pêndulo de Lula se mover novamente. Num ambiente em que o jornalista responsável pela entrevista de Vedoin declara sem corar que "da minha assinatura para trás, não sei o que aconteceu", não faltarão ingênuos para comprar essa farsa, nem espertos interessados em vendê-la.
*RENATA LO PRETE *