terça-feira, 11 de dezembro de 2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Do simples ao complexo-Marcelo Coelho

O Partido Progressista (PP) talvez constitua o caso mais simples.Para começar, diz Joaquim Barbosa, o partido de Pedro Henry, Pedro Corrêa e José Janene apoiava José Serra nas eleições de 2002. Estava na oposição, ao lado de PSDB, PFL e Prona, quando iniciava o ano parlamentar de 2003.

Belo de tão simples

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

terça-feira, 12 de junho de 2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Simplesmente o Millôr

Vejo futebol desde menino, mas não fico nesse frisson idiota de me dizer Flamengo-doente. Sempre fui Fluminense-saudável.

Roda Viva - Millôr Fernandes - Bloco 1 - 1989

quinta-feira, 29 de março de 2012

Carlos Heitor Cony,9 de fevereiro de 1994

–Tomo Stendhal como exemplo: o desejo de ser invisível, ver sem ser visto. Em criança, eu me distraía assim, sobretudo depois que assisti "O Homem Invisível", com Claude Rains. Stendhal não viu o filme nem tomou conhecimento do livro de H. G. Wells, mas tentou ser invisível: adotou mais de 20 pseudônimos, com um deles ficando imortal.
Até na hora da morte, ao redigir seu epitáfio, ele procurou blefar inventando um novo nome e fazendo-se passar por milanês. Coisas de gênio.
Pois tive meu momento de Stendhal: no último domingo, vi o Millôr andando em Ipanema com sua cachorra (ou cachorro: à distância não dá para perceber, homens e cães são difíceis de identificação em tempos de bissexualidade e Carnaval).
Vi e não fui visto, pude saborear a cena: a cachorrinha de Millôr é branca, aristocrática, faz um gênero próximo ao das peruas, só que, em sendo cachorra, sendo perua é um charme suplementar. Caminha à frente, em verdade vos digo, não é Millôr quem leva a cachorra, é a cachorra que leva o Millôr.
Andam apressados, Millôr vai de cabeça baixa, concentrado e denso. A cachorra empina o focinho para curtir a própria glória, desfila como um destaque de escola de samba, sabe que provoca admiração e pasmo, branca e fofa como um doce de açúcar, as perninhas ligeiras puxando o submisso dono que a segue.
Depois de tanta vida e tanta luta, como a Marta do Evangelho, Millôr escolheu a melhor parte. Nada de ir atrás dos outros na arte, na política, no complicado ofício de viver. O mais sábio é não ser liderado por ningém e nada, seguir ou perseguir um pedaço doce de açúcar, nacarado e fofo, fragilidade que desmancha na boca.
Comecei a crônica com Stendhal. O lugar-comum das citações literárias remeteria ao início de um de seus romances, o personagem que assistiu a batalha de Waterloo e só mais tarde ficou sabendo que presenciara um acontecimento histórico. Eu poderia repetir o personagem de Stendhal, mas acho que tive esperteza bastante para guardar a memória de um domingo em Ipanema: eu vi o Millôr!

quarta-feira, 28 de março de 2012

Millôr Fernandes
‏ Viver com simplicidade, cada dia é mais complicado.

terça-feira, 27 de março de 2012

Carlos Heitor Cony

Simplesmente Chico

Impossível não escrever sobre Chico Anysio, apesar da compacta e mais que merecida cobertura que ele recebeu da mídia em geral e de seus admiradores, vale dizer, do Brasil inteiro. Impossível também destacar os comentários feitos por tanta gente entendida em sua vida e obra. Tenho para mim que a melhor observação foi a de Boni, um dos responsáveis pelo sucesso do Chico -evidente que depois do próprio Chico e do advento do videotaipe na TV.

Boni disse que preferia o grande ator como ator mesmo, "in natura", sem perucas e maquiagens, evitando a pele dos notáveis personagens que criou. Penso da mesma forma: o Chico de cara limpa e roupa comum era ao mesmo tempo o ator e autor de si mesmo. Paulo Francis costumava dizer que ele era o momento mais inteligente da nossa indústria de entretenimento.

Não o considero humorista, mas ator capaz de criar os personagens que admiramos. Dois deles sempre me deram inveja pela originalidade, perfeição e simplicidade da arquitetura cênica e literária: o Pantaleão e o Limoeiro.

Qualquer intérprete que componha um tipo com acessórios e textos adequados, fatalmente fará sucesso. Mas Pantaleão tem apenas uma cadeira de balanço, bem nordestina, um olho tapado e o outro olho, esperto, esse sim, uma criação de gênio. Não precisa de texto: o olho que lhe resta diz tudo, nem precisa do bordão ("É mentira, Terta?") para sabermos que ele não está mentindo, mas expressando um passado que ele criou e no qual acredita.

O coronel Limoeiro também evita acessórios, tem a limpeza de meios que contrasta com outros tipos que resvalam para a caricatura. O terno branco, o chapéu e o sotaque resultam num personagem que Graciliano Ramos, Zé Lins e Jorge Amado se esqueceram de ter criado.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mestre Zé escreveu

O filme tem suscitado reações contraditórias, sobretudo por causa da natureza polêmica do retratado. Em muitos casos, esperava-se equivocadamente que o filme desse um veredito sobre Hoover e seu papel na história. Há situações curiosas: na Folha de S. Paulo, um dia desses um colunista condenou o filme por “demonizar” o chefão do FBI; no dia seguinte, no mesmo caderno do jornal, outro colunista criticou Eastwood pelo pecado oposto, o de aliviar a barra de Hoover.

Claro que, ao abraçar esse projeto, o cineasta estava consciente do vespeiro em que iria mexer. Até então, os personagens reais retratados em suas obras eram, no balanço das contradições, figuras altamente positivas: o músico Charlie Parker, o cineasta John Huston, o líder político Nelson Mandela. Com Hoover, evidentemente, a história era outra.

É muito primário acusar o filme de não corresponder à “verdade histórica”. Como sabe qualquer estudante de história ou de jornalismo, não existe “a” verdade histórica, mas versões dela, e o cinema americano lida com essa equação pelo menos desde Cidadão Kane (1941). Ficou famosa a frase de um personagem de O homem que matou o facínora (1962), de John Ford: “Quando a lenda se torna fato, imprima-se a lenda”(http://blogdoims.uol.com.br/ims/clint-e-as-armadilhas-da-historia/)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Meio Dia no Brasil

Tostão

Não precisam de você



Já posso me aposentar. Nessa semana, completei 65 anos. Por isso, procuraram-me para falar de minhas carreiras e de minha vida. Gosto de falar de futebol. Não sou mais protagonista. Sou comentarista, palpiteiro oficial.

Fiz coisas certas e erradas. Só os medíocres passam pela vida sem cometer erros, sem criar fantasmas e sem ter a consciência de que poderiam ter feito melhor e, às vezes, diferente.

Nunca quis parecer mais humilde do que a humildade, mais sábio do que a sabedoria nem mais generoso do que a generosidade. Tento apenas ser um bom cidadão. É minha obrigação. Nada mais do que isso.

Tive várias profissões. Fui atleta profissional, médico clínico, professor de medicina, comentarista de televisão e de rádio e, agora, sou colunista, além de filósofo de botequim. Quase me tornei psicanalista. Completei o curso teórico, mas desisti. Não me sentia capaz de desvendar os segredos e mistérios da alma, já que não entendia nem entendo a minha.

Hoje, incomoda-me menos a finitude da vida. Compreendo e aceito mais a fragilidade e a insignificância humanas. "As coisas não precisam de você", diz a bela música "Virgem", escrita por Antônio Cícero e Marina Lima, cantada pela Marina.

Fico contente e orgulhoso de ser reconhecido pelo jogador que fui. Isso é uma coisa. Outra é viver do passado. Não gosto de usufruir, no presente, de conquistas do passado nem que apreciem ou não meus textos influenciados por outras épocas. Como se vê, tenho algumas manias.
INÁCIO ARAUJO
"O Alvo" e "Fuga de Los Angeles" . Os astros são Van Damme e Kurt Russell, respectivamente. São ambos filmes rudes, com eventos pouco delicados.
No primeiro, ricaços usam pessoas desprotegidas como objeto de caça. No segundo, desenha-se uma Los Angeles devastada. Tempos negros e pessoas sórdidas.
E, porém, nada ali se parece com a grosseria do novo "Conan, o Bárbaro". Nos casos anteriores, a forma educa e eleva. No recente, rebaixa e humilha. Hollywood parece estar feliz com seus novos monstrengos.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Simples:A solução é a média

Roberto Abdenur

Fukuyama e o futuro da história



Em dois continentes de importância para o mundo desdobram-se neste momento crises virtualmente existenciais no que diz respeito a seus modelos econômico-sociais.

Nos EUA, a oposição republicana a Obama tenta conquistar a Casa Branca com base em postura quase religiosa em favor da redução do imenso deficit público unicamente pela via da eliminação de gastos, com a preservação e mesmo a ampliação de vantagens tributárias que só fazem privilegiar os mais ricos.

Na Europa, o Estado do bem-estar se vê questionado. Não tanto sua essência, mas sim sua extensão passa a ser objeto de reavaliação, ao impacto de crise recessiva que tende a perdurar por longo tempo.

Enquanto isso, na China e em outras partes da Ásia Oriental viceja um autoritário capitalismo de Estado que aos olhos de alguns analistas do Ocidente constituiria modelo invejável -ainda que, pensando bem, seja esse alegado "Consenso de Pequim" (fazendo jogo de contraste com o "Consenso de Washington") de indesejável e inviável implantação em países com regimes verdadeiramente democráticos, baseados no Estado de Direito, nas liberdades civis e na economia de mercado.

Nos EUA a corrida eleitoral em curso expressa sociedade inusitadamente polarizada. E, em certo sentido, espantada e desorientada diante de nova realidade pouco assimilada: a inexorável tendência à crescente desigualdade socioeconômica.

Em 1974, o 1% mais rico detinha 9% da riqueza nacional. Hoje, possui quase 25%. Desigualdade que uns desejam enfrentar pela via do assistencialismo e de medidas de sentido distributivo e outros preferem não enxergar ou acreditam ser um mal passageiro, a ser sobrepujado pelo retorno ao "laissez-faire" e a medidas regressivas, supostamente favorecedoras dos pobres e das classes médias pela via do "trickle down" (gotejamento) da riqueza acumulada pelos ricos.

Na Europa, supostamente mais organizada, falhou a regulamentação financeira, o que convergiu com a crise de 2008 nos EUA para dar origem à presente situação. Nesse erro se encontraram o capitalismo neoliberal americano e a "economia social de mercado" dos alemães.

É interessante constatar, em tal contexto, o surgimento em vários países de movimentos populistas de direita (veja-se o Tea Party nos EUA) e a ausência de um pensamento de esquerda mais amplo e integrado, capaz de colocar alternativas ao que tem sido uma globalização em importantes aspectos descontrolada, que ameaça encolher as classes médias nos países desenvolvidos, trazendo riscos à própria democracia representativa.

E, surpresa!, quem a esta altura clama pelo surgimento de um lúcido pensamento de esquerda, a contrabalançar os populismos de direita, é o famoso Francis Fukuyama. Ele, que com seu livro "O Fim da História" dera como definitivo o triunfo da democracia liberal e da economia de mercado sobre o socialismo real, expressa, em recente artigo na prestigiosa "Foreign Affairs" ("O Futuro da História"), preocupação com os riscos de que os avanços tecnológicos subjacentes à globalização enfraqueçam as classes médias nos países desenvolvidos. Critica o que chama de "ausência da esquerda" e clama por nova mobilização em favor de Estados mais fortes, de medidas redistributivas e de questionamento dos privilégios das atuais elites dominantes.

De volta ao Millor

O que me chateia na maioria dos movimentos revolucionários é que eles tem muitos mais profetas do que seguidores

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

De volta ao Millor

O que me chateia nas grandes formulações econômicas é que tem muitos mais profetas do que seguidores

domingo, 1 de janeiro de 2012

Para conhecer Daniel Piza

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1028460-joao-pereira-coutinho-uma-conversa-com-daniel-piza.shtml