sábado, 31 de dezembro de 2011

2012 vai ser um ano menos elegante sem Daniel Piza.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Os melhores de 2011

O Palhaço(um bom brasileiro), Velozes e Furiosos 5(Um bom Missão Impossivel),Missão Impossivel 4(Um bom desenho animado),Meia-noite em Paris(Melhor Woody Allen em 20 anos) e Alem da Vida(sem comentarios).Menções honrosas:Incontrolável,Gato de Botas,Sobrenatural,X-men:Primeira classe,Projeto Vingadores(Thor + Capitão America)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

De volta ao Millor

A verdade é que os de cima realmente não trabalham. Não vamos tergiversar, trabalhar é dar duro, é suar, é fazer coisas que não são agradáveis, nem ocasionais, "faço hoje, depois faço quando me der na telha". Pois é, os de cima, que não trabalham, não produzem dinheiro. Em compensação têm todo o tempo pra bolar esquema de tomar o dinheiro dos que estão por baixo e trabalham, e dão duro, e suam, e fazem, continuadamente, coisas que não são agradáveis. E, para tomarem esse dinheiro que não lhes pertence,os de cima inventam palavras nobres, como mordomia, financia, ideologia, macroeconomia e constituinteria.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

http://blogs.estadao.com.br/luiz-carlos-merten/foi-se-o-doutor/
http://blogdoims.uol.com.br/ims/socrates-o-futebol-o-cinema/
Daniel Piza:Meu impulso ao saber da morte de Sócrates foi reler o perfilhttp://www.danielpiza.com.br/interna.asp?texto=1497 que escrevi dele há onze anos(...) . Foi um jogador extraordinário em termos técnicos, que, mesmo sem grandes títulos, participou de equipes memoráveis da seleção e do Corinthians. Um tipo de futebolista e ídolo que não se fabrica mais.

domingo, 4 de dezembro de 2011

marciatiburi: Muito triste com a morte de Sócrates. Mas ele estará em boa companhia no infinito: http://t.co/I8i8YtRq
Sócrates:"Com a bola dominada, ele invadiu a área adversária. Tinha à frente apenas mais um defensor. Com o destemor dos que têm sabedoria, em nada diminuiu sua marcha. A poucos segundos do encontro definitivo, ele tocou levemente a bola para o seu lado esquerdo, desviando-se implacavelmente do obstáculo humano que se lhe apresentara. Agora tinha o paraíso ao seu dispor. Desesperadamente, o goleiro abandonou sua zona de proteção para tentar imobilizar o agressor e impedir a sua mais fragorosa derrota. Não contava com o altruís-mo do inimigo. Este, com um simples gesto, oferece a dois companheiros a chance de definir a jogada. Com facilidade. Seria o desfecho plausível para a plasticidade de todas as ações realizadas. Mas ficou no ar a bela impressão. Esta sequência foi executada por um jogador que se destaca em todas as qualidades descritas: simplicidade, generosidade, discrição e eficiência. Poucos atletas, no entanto, possuem essa característica, que é, em síntese, a expressão plena do que é a prática do futebol. Em qualquer time com grandes estrelas individuais ele chamaria a atenção pela forma como cose o novelo coletivo. É a chama de solidariedade tão necessária nos esportes coletivos. É a referência suprema das ações de todos os vizinhos. É por isso que ele é tão fundamental. Talvez poucos se deem conta de sua importância, mas quem observa o jogo com os olhos dos atentos não pode evitar de se impressionar com os resultados provocados pelos seus pés".

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Discreta Maravilha

Simples e eficiente como Clint Eastwood ou Tostão.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

(Buongiorno, Notte). Itália, 2003, 106 min.
Direção: Marco Bellocchio. Com Roberto Herlitzka, Luigi Lo Cascio, Maya Sansa. O sequestro, em 1978, do líder da Democracia Cristã italiana, Aldo Moro, representou um trauma para o país (Moro era a reserva moral da DC, entre outras) e foi, de certo modo, o ponto baixo do pensamento de esquerda e sua ação mais inconsequentemente brutal. Marco Bellocchio retoma esse episódio-chave com uma lucidez impressionante. E filma com tanta elegância e precisão quanto pensa. Uma das grandes obras do século 21.(Inacio Araujo)

terça-feira, 11 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Tostão

QUANDO ENTREI no curso de psicanálise, imaginei que jamais entenderia as ideias de Freud. Logo percebi que seus textos eram tão claros, convincentes e simples, que até os mistérios da alma tinham lógica. Freud colocou ordem no caos.Quando joguei ao lado de Pelé, percebi que uma de suas principais qualidades era tornar simples o que era complexo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Paulo Francis

Freud tem outra vantagem: escreve com admirável clareza e simplicidade (formal), ao contrario de Marcuse ou Brown, sujeitos a buracos e pedregulhos estilísticos.

O problema de repressão e sublimação (a saída para as realizações culturais) está sempre conosco, desde que nascemos, quando mamães e babás nos impedem de fazer as coisas quando e onde queremos. Quem brinca, não trabalha, etc. É de uma simplicidade tão grande que só um gênio seria capaz de descobri-la.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Class

Notável a eficiencia dos X-men : Desdobramentos de uma simples estoria com elegancia ágil.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Discreto Milagre

Sócrates:"Com a bola dominada, ele invadiu a área adversária. Tinha à frente apenas mais um defensor. Com o destemor dos que têm sabedoria, em nada diminuiu sua marcha. A poucos segundos do encontro definitivo, ele tocou levemente a bola para o seu lado esquerdo, desviando-se implacavelmente do obstáculo humano que se lhe apresentara. Agora tinha o paraíso ao seu dispor. Desesperadamente, o goleiro abandonou sua zona de proteção para tentar imobilizar o agressor e impedir a sua mais fragorosa derrota. Não contava com o altruís-mo do inimigo. Este, com um simples gesto, oferece a dois companheiros a chance de definir a jogada. Com facilidade. Seria o desfecho plausível para a plasticidade de todas as ações realizadas. Mas ficou no ar a bela impressão. Esta sequência foi executada por um jogador que se destaca em todas as qualidades descritas: simplicidade, generosidade, discrição e eficiência. Poucos atletas, no entanto, possuem essa característica, que é, em síntese, a expressão plena do que é a prática do futebol. Em qualquer time com grandes estrelas individuais ele chamaria a atenção pela forma como cose o novelo coletivo. É a chama de solidariedade tão necessária nos esportes coletivos. É a referência suprema das ações de todos os vizinhos. É por isso que ele é tão fundamental. Talvez poucos se deem conta de sua importância, mas quem observa o jogo com os olhos dos atentos não pode evitar de se impressionar com os resultados provocados pelos seus pés".

terça-feira, 26 de abril de 2011

Coda:coda

JOÃO PEREIRA COUTINHO

Woody Allen, o elegante

--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------



BRASIL, COMO eu te invejo! Leio na Folha que Rio e São Paulo se preparam para receber Woody Allen . Não o próprio, por enquanto. Mas a obra completa do próprio, mais de 40 longas, na retrospectiva "A Elegância de Woody Allen", no CCBB.
Sou suspeito. Escrevi texto para o catálogo, onde procuro traçar, brevemente, o pensamento filosófico de Woody Allen. Alguns acadêmicos fazem má cara com a pretensão e chutam Woody para as margens da filosofia "respeitável".
Perdoo-lhes, porque eles não sabem o que fazem: a filosofia não é coutada exclusiva de universidades e teses de doutorado. É possível pensar em imagens e com imagens.
E, no caso de Woody Allen, pensar os mesmos temas, oferecendo recorrentemente as mesmas respostas. Que são, confissão pessoal, os meus temas. E as minhas respostas.
O tema é clássico: qual o sentido da vida quando a morte e o esquecimento são certos? Não sei quando foi que a inquietação se instalou na minha cabeça pela primeira vez: teria uns dez anos quando a extinção se tornou clara e inevitável. E, com a certeza, o sentimento de frustração que vem e cobre tudo o que fazemos, sentimos, pensamos.
Eis o dilema que Shelley apresenta no seu poema "Ozymandias", a descrição de um viajante que se depara com a estátua do antigo faraó; e, na base da estátua, a inscrição plena de vaidade humana: "O meu nome é Ozymandias, rei dos reis:/ Contemplem as minhas obras, ó poderosos, e desesperai!".
Palavras ridículas e vãs. Milênios depois, quem desespera com as obras esquecidas do esquecido rei dos reis? Somos pouco. Somos nada.
Ozymandias aparece e reaparece, sob várias roupagens, nos filmes e nos personagens de Woody Allen. Umas vezes, de forma explícita: em "Memórias", o psicanalista explica que o seu paciente, interpretado por Woody Allen "lui même", sofria de "Melancolia de Ozymandias", uma incapacidade de apreciar a vida pela certeza da extinção final. Outras vezes, Ozymandias surge de forma pícara: será possível esquecer Mickey, o hipocondríaco de "Hannah e Suas Irmãs", que é salvo do torpor suicidário por um filme dos irmãos Marx?
O momento é epifânico. Não apenas em "Hannah...", mas na obra de Allen: num universo sem sentido e marcado pela radical ausência de Deus, restam aos homens banalidades mortais. "Banalidades", no sentido próprio do termo: as banalidades salvíficas que o personagem Isaac, em "Manhattan", debita para um gravador; os filmes dos irmãos Marx, é claro; mas também o talento desportivo de Willie Mays; uma sinfonia de Mozart; os filmes de Bergman; os romances de Flaubert; o rosto da mulher que amamos.
É pouco? Kierkegaard diria que sim: o "estádio estético" não garante o nível de realização humana que só o "salto" da fé religiosa permite.
Curiosamente, e nos últimos anos, Woody Allen tem refletido sobre essa hipótese: sobre os limites do estético. Ou, em alternativa, sobre a imperiosa necessidade de fundamentação ética. E não é por acaso que três dos últimos filmes ("Crimes e Pecados", "Match Point" e "O Sonho de Cassandra") partem da mesma pergunta arcana: num mundo sem Deus, tudo é permitido? Os três filmes, que a ignorância do tempo interpreta como repetições sem grande originalidade, devem ser vistos em conjunto. Porque eles vão adensando e amadurecendo uma resposta. Gradualmente.
Em "Crimes...", o personagem de Martin Landau mata e liberta-se da culpa com gélida indiferença.
Em "Match Point", sabemos que a sorte iliba o criminoso de uma condenação formal, mas não da condenação última intransponível e inegociável: a condenação da sua própria consciência, que será eternamente assombrada pelo cadáver da amante (Scarlett Johansson).
Finalmente, em "O Sonho de Cassandra", não há salvação possível: como no melhor da tradição rabínica, atos nefandos trazem apenas consequências nefandas.
Isso significa que Woody Allen, no final da vida, se reconcilia com a religião da sua infância? Não direi tanto. Evoluindo do "estádio estético" mas recusando o "estádio religioso", a posição de Woody Allen é uma posição secular, humanista e, ainda nas categorias de Kierkegaard, intermédia. Uma posição fortemente ética, que dispensa Deus mas nunca a consciência dos homens. Para um pessimista crônico, melhor é impossível.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

quarta-feira, 20 de abril de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um grande texto grande do maior jornalista brasileiro vivo:Janio de Freitas


  • Não foi o revólver que atirou em Realengo. Não foram os dedos que o acionaram. Foi a cabeça do atirador. Nessas violências, antes de tudo está a cabeça. E por que ela agiu, no caso e nos demais de desatino semelhante? Por desconhecimento e inércia -o que não quer dizer culpa- de segundos e terceiros mais próximos, ou menos distantes, do rapaz arredio.As poucas e breves narrativas que o retratam, na visão de parentes, expõem com toda a clareza um longo caso de transtorno mental necessitado de tratamento. As narrativas demonstram, na mesma medida, que não faltou a percepção desse estado por quem ouvia ou observava o rapaz: o fascínio pelo ataque às torres em Nova York, o desejo de destruir o Cristo Redentor, a reclusão voluntária, a alteração da própria figura -tudo muito indicativo e bem percebido.Apesar disso, não houve iniciativa alguma. Apenas estranheza. Não há por que imaginar descaso, muito menos de todos. A falta, tudo indica, foi de conhecimento do que fazer. De conhecimento da existência de serviços capazes do auxílio, até em um simples posto de saúde apto a dar orientação sobre o serviço a procurar. Sim, tais serviços são pouco numerosos; faltam-lhes mais verbas, mais pessoal, mais instalações. Existem, no entanto. E devem ser procurados para casos como o do rapaz de Realengo. Tão numerosos.A providência que falta é a informação ao grande público sobre o que está ao seu alcance, quando estranhezas excessivas e injustificáveis impressionem. Não porque a persistência das condutas leve a desfechos horríveis. Mas o sofrimento do próprio transtornado já é bastante para uma iniciativa solidária.Providência governamental já atrasada é uma campanha insistente de esclarecimento do grande público, sobre o que deve fazer diante de casos como o do rapaz de Realengo antes da explosão de seu distúrbio. Isso, sim, é uma das prevenções necessárias -para pacientes e para a sociedade.Do contrário, nos casos que vão aos extremos, quando não forem revólveres, serão facas, serão barras de ferro, serão as mãos. E, nos outros casos, será o sofrimento reparável de tanta gente, dos pacientes às famílias e aos próximos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

As Palavras do Juca Kfouri e o meu silencio

Ontem o Brasil sofreu uma das maiores derrotas de sua história de mais de 500 anos. Que Maracanazo, que Sarriá, que nada! Realengo é o nome da tragédia, tragédia de verdade. O Brasil perdeu 12 crianças estupidamente. Quem sabe se perdeu um Pelé, uma Maria Esther Bueno, uma Hortência. Ou uma outra Elis Regina, uma Dilma Rousseff. Sabemos que perdemos uma Ana Carolina Pacheco da Silva, uma Bianca Rocha Tavares, uma Géssica Guedes Pereira, Karine Lorraine Chagas de Oliveira, uma Larissa dos Santos Atanázio, outra Laryssa, esta Silva Martins, uma Luiza Paula da Silveira, uma Mariana Rocha de Souza, uma Milena dos Santos Nascimento, uma SamiraPires Ribeiro, um Rafael Pereira da Silva e mais um menino cujo nome ainda não foi revelado. Todos entre 12 e 15 anos. Doze famílias choram hoje neste manhã que não tem bom dia a perda de seus filhos, de seus netos, de seus irmãos. Dez garotinhas e dois garotinhos. Uma desgraça que não permite falar de mais nada.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Bolsonaro,a "maluca"

Fernando de Barros e Silva:"O deputado Jair Bolsonaro é um tipo fascistão. Truculento, homofóbico, lida mal com as diferenças e os valores democráticos. Os gays, em particular, parecem deixá-lo "maluca" de raiva.Sabe-se que indivíduos muito hostis ou agressivos, que se sentem ameaçados pela existência de hossexuais, costumam ser enrustidos. O ódio projetado no outro é apenas um sintoma, uma defesa contra si mesmo. Mas quem seria eu para suspeitar que existe uma "Jairzona" enjaulada na alma do capitão? O ser humano é complexo."***********Reinaldo Azevedo:"Não trato sem certa graça algumas mentes apocalípticas, certas de que alguém pode “decidir” ser gay e que, no caso, o ambiente tem um peso definitivo nessa “escolha”. Pergunta: eles próprios, então, não são gays porque escolheram não ser, mas poderiam, pressionados pelo meio, mudar de orientação, é isso? Tanta gritaria poderia ser interpretada como medo de cair em tentação? Assim, quanto mais distantes ficassem os “degenerados”, mais protegidos se sentiriam? Entendo que um homossexual não se tonará hétero entre héteros — e também não me parece que possa acontecer o contrário. Qual é a tese? Todo mundo teria em si um gay reprimido pelas leis e pelos costumes, à espera de uma boa oportunidade? O próprio Bolsonaro, então, não é um deles porque, segundo a sua teoria, seu pai foi devidamente severo, mantendo-o longe de ambientes “promíscuos”? Numa outra circunstância, com uma família mais relaxada, o mundo teria assistido ao desabrochar de uma Madame Satã de olhos azuis? Cuidado, deputado! Nem o senhor está livre da lógica. Se o meio faz o gay, então há um gay enrustido em cada indivíduo à espera do meio. Nem o gayzismo mais sectário defenderia tese tão delirante."

sábado, 2 de abril de 2011

Política

Do blog Melhores do mundo:"É isso aí. Pela centésima vez, o Magneto vai se juntar aos X-men.

F...-se se ele arrancou o adamantium do Wolverine, se ele destruiu Nova Iorque inteira na fase do Morrison, se ele matou alguns de seus Acólitos a sangue frio, se ele quase matou a Kitty, se ele já foi parte do Clube do Inferno, se e;e matou a Jean grey...

Cara, esses X-men são piores que os Brasileiros e seus políticos!"

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Renascença

Tostão,hoje:" Neymar não é mais apenas um jovem habilidoso e de futuro. Ele é o presente, craque do Santos e da seleção principal.Se Ganso e Lucas tornarem-se também protagonistas da seleção, o Brasil poderá formar um grande time".

Para lembrar Jose Alencar

Millor Fernandes:"Não, você não precisa de biblioteca. Cristo não tinha. E o livro só te dá uma profundidade maior caminho certo pra infelicidade. Não, você não necessita de esperança. Quem espera desespera e corteja a frustração das coisas que jamais se realizam. Todo projeto é um fracasso. A coisa mais bem sucedida atinge 70% do esperado. Não, você não precisa de amor. Amor acaba no azedume, na infidelidade, na violência do conflito entre egos em choque. Pra ser feliz, na verdade, você só precisa mesmo é de uma boa redução na taxa de juros." Leia mais Bíblia do Caos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Quem foi Moacyr Scliar?

Um homem que escreveu na ultima linha do seu ultimo livro "Eu vos abraço,Milhões'':-Como é bom viver.Como Millor podia falar:"Sou apenas um ser humano,coisa rara"

Valeu Moacyr Scliar!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Ao Mestre Zé,com carinho

São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2008 - JOSÉ GERALDO COUTO:"UM HISTORIADOR do futuro, ao pesquisar nossa época nos jornais, programas de TV e sites da internet, ficará perplexo diante do enigma Ronaldo. Seu problema não será a falta de informações, mas o excesso.Desse emaranhado todo de dados e interpretações, como compor uma imagem coerente do homem, do atleta, do mito? Fenômeno ou "invenção da mídia"? Mártir que exibe seu calvário em público ou garotão mimado que não se fez cargo do próprio destino? Craque genial ou atleta biônico? Tudo isso é verdade em alguma medida. Ronaldo Nazário de Lima é um ser complexo e contraditório como qualquer outro. A diferença é que foi muito cedo alçado à categoria de mito midiático, o que o levou a concentrar em sua imagem os desejos e os temores, conscientes ou não, de milhões de indivíduos pelo mundo afora. Ronaldo não é só Ronaldo, é Ronaldo e mais o que o nosso imaginário projeta nele. É uma construção do nosso afeto e do nosso desejo. Há Ronaldos para todos os gostos e necessidades. Há o Ronaldo batalhador, "gente que faz", que venceu as contusões e o descrédito generalizado para dar a volta por cima e tornar-se o maior artilheiro das Copas do Mundo. Há o Ronaldo fútil, vaidoso e consumista, cuja vida se resume a carrões, festas e louras vitaminadas. Há também o Ronaldo solitário e carente, lançado numa selva de ferozes interesses políticos e econômicos antes de ter maturidade para se defender. Há, por fim, o Ronaldo acomodado, gordo, que leva vida desregrada e descuida do preparo físico. De fatos concretos, o historiador do futuro saberá que Ronaldo era um garoto magricela quando saiu do Brasil para jogar na Holanda, aos 17 anos, e que lá ganhou uma impressionante massa muscular. Como esse reforço físico se deu, e a que preço, ainda é motivo de controvérsia. Será que os anabolizantes introduzidos no corpo do rapaz funcionaram como uma bomba-relógio destinada a explodir vários anos depois? O historiador não chegará a uma conclusão. Mas saberá que Ronaldo foi artilheiro no Brasil, na Holanda e na Espanha. Já que o futebol do futuro deverá ser bem diferente, talvez o historiador não tenha parâmetros adequados para avaliar os gols e jogadas que fizeram de Ronaldo três vezes o melhor jogador do planeta. A certa altura da pesquisa, o historiador do futuro recorrerá cada vez menos às páginas e programas de esportes e cada vez mais às publicações de fofocas de celebridades, onde encontrará Ronaldo em meio a modelos e atrizes, "artistas" do "Big Brother", empresários e apresentadoras de TV. Para não se perder nesse tititi, o historiador deverá ter noções básicas de economia política para entender a lógica capitalista global dentro da qual Ronaldo é apenas um peão com aparência de rei. Estudar Ronaldo será tarefa de uma vida para o historiador do futuro. Talvez ele consiga, assim, compreender o nosso tempo."

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O mundo é uma piada Prêt-à-porter

Do InterNey.Net - (In)formação e (In)utilidade -Melhores do Mundo:"... Já faz alguns anos que o colunista Reinaldo Azevedo, da Veja, cunhou o termo "petralha". O neologismo é uma mistura de "petista" (simpatizante ou membro do Partido dos Trabalhadores) e irmãos Metralhas, os gêmeos bandidos do universo Disney. Em janeiro, a Panini usou o termo em uma tradução para uma história... Do Batman! Em Batman 98, mais especificamente em uma história de Grant Morrison e Cameron Stewart (publicada originalmente em Batman and Robin #7 lá fora), na página 34 "petralha" surge para substituir a palavra "Nasty". Veja a descrição da cena do usuário Flávio, do Forum Miolos:

O carcereiro que acompanha o morcegão na prisão se refere ao vilão Rei Perolado do Crime como “petralha”. Até onde sei, essa expressão ainda não foi dicionarizada. Trata-se de um neologismo criado por Reinaldo Azevedo, blogueiro da Veja, para designar petistas (petralhas = petistas + Irmãos Metralhas). No original, foi usada a palavra “nasty” (que pode ser traduzida como asqueroso ou desagradável). Achei no mínimo inusitada a opção do tradutor..."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

De volta para o futuro

Eu comecei na blogosfera na famosa peleja entre Batman de Nolan e Inacio Araujo.No meu primeiro post eu citava Jose Geraldo Couto que hoje está se despedindo dos leitores do seu blog.Sou testemunha da gentileza com que ele sempre tratou meus pobres comentarios.Trocaria todos os posts do meu primeiro blog(Elegancia) por um unico texto desse mestre e assim estaria justificado o título que escolhi.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Paulo Francis-Um Classico-Coda

São Paulo, Domingo, 10 de Outubro de 1999
FERNANDO DE BARROS E SILVA:" Lucas Mendes é o maestro. Sóbrio, discreto, seguro, embora nem sempre eficiente ou bem-sucedido na tarefa que lhe cabe, ele tenta organizar o debate e dar andamento à pauta do programa. Os solistas não o ajudam muito.O número 1, Arnaldo Jabor, tem rompantes de indignação retórica e longos intervalos de prostração. Parece enfezado, desgostoso do Brasil e de si mesmo, talvez da aposta que fez no atual governo, da qual souber tirar dividendos vários, que agora vê fazer água (voltaremos ao assunto).Menos brilhante e menos espírito de porco que seu antecessor, Jabor é ainda assim um bom "cover" de Paulo Francis. Se esse era, como é, para o bem e para o mal, insubstituível, Jabor incorporou o estilo com talento. Francis era mais cínico e tinha o dom de rir da caricatura que fazia de si mesmo. Isso obviamente não redimia suas barbaridades, seu "fascismo ilustrado" travestido de "mal a l'aise" (mal-estar) aristocrático.Depois de Jabor vêm Nelson Motta e Caio Blinder, os caçulas desse programa de titãs da imprensa tupiniquim-cosmopolita. Estamos falando, como se sabe, do "Manhattan Connection", o programa do GNT que antecipou e é um dos grandes retratos televisivos do Brasil Hall.Para quem não frequentava essa turma há uns bons meses, o programa do último domingo foi uma surpresa -péssima, digo logo. Será que eles sempre gritaram desse jeito, e esse colunista havia esquecido? Será que sempre tiveram coragem de dizer as bobagens do senso comum conservador, muitas vezes vaticinando sobre o que desconhecem, com a mesma desenvoltura? Suspeito de que o programa tenha ganhado estridência, como se a falta de superego de Francis tivesse sido repartida e se multiplicado entre os demais participantes.Arrisquei em 97, quando escrevi sobre o programa, uma hipótese que hoje não parece mais válida, pelo menos não inteiramente. Dizia então que a pauta do programa era de esquerda, progressista, mas que a discussão ia no sentido de desqualificá-la. Dizia que o charme e o segredo do programa residiam nesse descompasso entre o que anunciava e o que de fato realizava. Falava então que o "Manhattan" era a pedagogia do oprimido dos tucanos, a tradução perfeita de um sintoma de época.O Brasil ficou mais cínico nos últimos anos. Vem regredindo com o colapso do projeto de poder de FHC. A dissolução do sonho (mesmo que seja desse sonho, a "utopia do possível" de FHC) está como que liberando uma espécie de "pega-pra-capar" das elites, cada um por si, Deus contra todos.Nos anos de ouro do real houve a farra da classe média, agora há a forra das elites. O "Manhattan" parece refletir uma e outra -a desilusão da classe média e a gangsterização das camadas dominantes.Não há mais descompasso entre o que promete e o que cumpre -o programa agora é abertamente reacionário e urra para dizê-lo- todos gritam, como num filme de Glauber Rocha.Cenas do Brasil Hall.Nelson Motta está permanentemente encantado com a própria frivolidade. Vê-se que se deslumbra consigo mesmo quando diz: "Quem é que iria emprestar dinheiro ao Brasil? A Cruz Vermelha?". Estava então defendendo a submissão (é esse o nome) da política econômica aos técnicos do FMI. Todos concordam e Jabor, sempre entediado, repete que o problema não é o Fundo, nem a agenda do governo ("a agenda é boa"), mas a burocracia brasileira, a mentalidade do atraso, aliada à falta de energia do Executivo.Pelo contrário, sempre houve muita energia nesse Executivo, e se houve, e há, impassibilidade e frieza diante da miséria, ela é reflexo objetivo de uma aliança política que não foi eleita para enfrentá-la, em nenhum momento.Discutiu-se a TV brasileira no último "Manhattan Connection". Discutiu-se é modo de dizer, falou-se meia dúzia de bobagens a respeito. Isso porque deu no "The Wall Street Journal" que a inserção dos pobres no mercado com o real deflagrou uma onda de popularização da programação da TV aberta. Pauta velha, os pobres estão sendo "desinseridos" do mercado. Todos os participantes isolam então o inimigo, falam mal de Ratinho e blablablá.Nelson Motta, sempre ele, aproveita para dizer que Chacrinha era um gênio. Sim e não e mais não do que sim porque no prototropicalismo de Chacrinha, na sua irreverência, estava embutida a figura do animador de auditório que divertia o país atirando bacalhau na cara dos pobres. Violência carnavalizada, barbárie festiva para consumo das massas, germe e fonte de inspiração para os Ratinhos de hoje, esse o destino histórico de Chacrinha.Caio Blinder merece uma nota a parte. É crédulo. É bem-intencionado. Chega a ser comovente. Disse que acredita na teoria da evolução do homem. O povo, disse singelamente, começou a ver TV, passou a comer frango e iogurte, com o tempo vai comer coisas melhores, vai ver programas mais sofisticados. Parece piada, mas é verdade. A moral da história dessa anedota involuntária é a seguinte: o povo não vai dessa para melhor, evidentemente, mas a elite já tem o seu programa do Ratinho. O nome é em inglês e passa na TV por assinatura, um luxo só. É a cara do Brasil Hall, do Brasil Connection, da Conexão Manhattan, sabe-se lá onde essa gente quer chegar... "

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Paulo Francis-Um Clássico II

Reinaldo Azevedo:"Em meados dos 90, Paulo Francis perguntava, já contei aqui, se ninguém iria “enfiar uma estaca no coração de Sarney”. Era uma metáfora, bem entendido.

Francis nem se dava conta, mas era um otimista. Por mais rigoroso que fosse com certos tipos, não imaginava que um dia Lula, a quem chamava “o Menas”, se uniria àquele que associava a um vampiro."

Paulo Francis-Um Clássico

“Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo.”___“Dizem que escrever é um processo torturante para Sarney. Sem dúvida, mas quem grita de dor é a língua portuguesa.” ___O Brasil é um asilo de lunáticos onde os pacientes assumiram o controle."

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um Clássico

Incontrolável já nasceu clássico.Daqui a vinte anos eu vou vê-lo com o mesmo interesse que tenho por Duro de Matar.Rede social? Discurso do Rei? Meu Oscar vai para o trio Denzel/Pine/Scott .E eu não estou só.De Filipe Furtado na Cinética:" Quando se utiliza a expressão "cinema clássico", costuma se tratar de um atalho para dois sentidos muito distantes: um suspiro por um ideal de unidade de forma há muito perdido, ou um elogio um tanto condescendente para cinema narrativo, que por toda sua graça vai seguir sempre um degrau evolutivo abaixo do tal "cinema moderno". Nenhuma dessas descrições associariam Tony Scott a idéia de clássico, já que nenhum cineasta americano em atividade tem prazer tão grande em atacar a unidade da imagem. Se aceitarmos, porém, que o clássico no cinema se apresenta menos como uma série de procedimentos estéticos e é mais uma questão de temperamento, poucos cineastas em atividade caberiam na definição tão perfeitamente quanto Scott."

domingo, 30 de janeiro de 2011

Veneno Remédio por Inacio Araujo

"Garrincha, Alegria do Povo" ainda é o melhor documentário (talvez o melhor filme) sobre futebol feito no Brasil (talvez no mundo). E parte disso se deve ao fato de que não é oportunista.Ou seja: o diretor Joaquim Pedro não viu em Garrincha uma boa chance de se destacar. Mas havia Garrincha: o gênio tão mais gênio pois espontâneo, porque só sabia fazer aquilo: bater bola.Mas havia ainda o futebol, o lugar onde qualquer homem sabe apreciar a beleza de um drible. E a tremenda exploração dos jogadores, não só nos salários, também nas exigências, na infantilização, na escravização

sábado, 22 de janeiro de 2011

Complexa simplicidade

http://setarosblog.blogspot.com/2011/01/vinicius-hitchcock-e-pacto-sinistro.html

sábado, 8 de janeiro de 2011

Homenagem ao 115 anos do cinema

Pensando na década,esqueci de desejar um feliz 2011.Faço minhas as palavras do Inacio.

Inácio Araujo disse:

Nane,
quero aproveitar a oportunidade desta resposta para agradecer ao pessoal que tem acompanhado o blog, com ou sem intervenções, quer para concordar, quer para discordar, porque sinto as coisas cheias de vida nessas ocasiões.
também quero aproveitar porque de vez em quando não respondo às pessoas que estão de acordo comigo, mas é que me falta tempo e sinto que a afinidade dispensa essas formalidades. Penso no Cícero, no Allegro, em outros amigos destes últimos tempos.
Abraço a todos e felicidade a todos neste fim de ano e em 2011.


Mundo Injusto

Battisti contando com a proteção de Lula e Jafar Panahi na solidão de uma prisão no Irã.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Para começar bem a década

Um acontecimento para ser comentado pelos próximos dez anos:Uma coletânea de Textos do Inacio Araujo.O Inacio é,sem correr risco de exagero,o John Ford da crítica.Sempre tem algo profundo e abrangente para mostrar,mas faz isso de forma direta,clara.Sobre isso eu queria ter escrito isto:http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4792983-EI11347,00-A+critica+de+Inacio+Araujo.html