terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Rebolation

Ah, sim: Dilma também comentou o mais novo escândalo do governo Lula: a pornográfica valorização das ações da Telebras, com cheiro de negociata privada e para a qual colaborou ativamente o buliçoso Zé Dirceu. Escreve o Estadão:
“A ministra comentou também reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo sobre uma suposta assessoria prestada pelo ex-ministro José Dirceu à Star Overseas, grupo empresarial que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada por meio da aquisição da infraestrutura da rede de fibras óticas da empresa Eletronet. Segundo Dilma, o governo ganhou na Justiça, por meio de um processo que durou três anos, sem qualquer negociação. Além disso, disse ela, a Eletronet não é credora da União.”
Só uma coisinha ao Estadão. Não há nada de “SUPOSTA” na “assessoria” prestada por Dirceu. O próprio assessorado confirmou à Folha o pagamento feito a este gigante da consultoria. Quanto à resposta de Dilma, diria que se trata de uma fala típica de… Dilma.! Opta pelo tecniquês irrelevante e deixa o principal de lado. Alguém questionou vitória ou derrota na Justiça? O que é preciso é responder às evidências de uma negociata bilionária.
É o estilo “Dilmation”, mistura de rebolation com enrolation(por Reinaldo Azevedo)**************************************************************************************Como um criador generoso, ou um pai que vai casar a sua filha, Lula se esforçou para emancipar a sua criatura no 4º Congresso Nacional do PT. Fez um discurso de 46 minutos para cumprir, nas suas palavras, "a tarefa extremamente difícil de convencer vocês a votar na companheira Dilma".A brincadeira tinha um fundo verdadeiro. Apesar do empenho para apresentar Dilma como nome natural do PT e da coalizão do governo, a condição de Lula de fiador do processo ficou evidente: "Eleger a Dilma não é uma coisa secundária para o presidente, é prioritário para mim neste ano".Frases de Lula como "Dilma não pode ser candidata do vazio porque é a candidata do mais importante partido de esquerda do país", ou, então "só quem não conhece Dilma pode achar que ela faria o papel de tampão", pareciam confirmar, nas entrelinhas, o artificialismo que a sua fala procurava afastar da candidatura.Se Lula desempenhou o seu papel, Dilma procurou fazer a lição de casa. Não poupou elogios ao mestre. Logo de saída, rendeu homenagens ao "nosso líder, o meu líder, o presidente Lula, o Lula". Atrás dela, um imenso painel com a foto dos dois abraçados trazia enunciado: "Com Dilma, pelo caminho que Lula nos ensinou".Na sequência, os dois discursos acabaram evidenciando as diferenças de estilo e tamanho dos personagens. Lula falou de improviso. Com a desenvoltura habitual e a audiência na mão, desfiou um roteiro em que enumerava razões para o PT acolher Dilma. Falou da "coragem política", da "capacidade gerencial", da "condição feminina".Dilma leu o seu discurso no teleprompter. Bebeu água várias vezes, parecia um pouco nervosa, uma debutante. Apesar do esforço para dar naturalidade à sua fala, havia nela algo burocrático e momentos de tédio professoral.O discurso de Dilma tinha três partes distintas: uma primeira, com acento sentimental, voltada para sua biografia e história política; a segunda, em que elencou os feitos do governo Lula, mas evitando fazer menção à gestão FHC; e a última, enumerando desafios do futuro. No final, chegou a chorar ao homenagear os amigos mortos pela ditadura.Foi uma festa e Dilma saiu aclamada. Ouvimos músicas exaltando a candidatura em vários ritmos -neossertanejo, marchinha de Carnaval, batuque afro, no estilo olodum, até a "Aquarela do Brasil". A superprodução, porém, não foi suficiente para garantir uma arrancada apoteótica. Fica a sensação de que ainda falta rebolado -"rebolation"- à candidata(por Fernando de Barros e Silva).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Daniel Piza Avisa

Não estou defendendo a volta de Ronaldo e Roberto Carlos, a menos que arrebentem nos próximos meses. Por sinal, considero absurdo que Dunga e a CBF sugiram que o Brasil perdeu em 2006 porque faltou esse tal comprometimento a Ronaldo. Se faltou a ele, faltou a todos, a alguns mais ainda do que a ele. Mas falar assim do sujeito que mais fez pela seleção depois de Pelé é sintoma do problema que aponto: a falta de grandeza. É essa falta de grandeza que impede que Dunga chame de volta Ronaldinho, por exemplo, ou arrisque chamar Neymar. Foi grandeza o que Parreira mostrou em 1994 ao convocar Romário no final das Eliminatórias, e o que Felipão mostrou em 2002 ao apostar em Ronaldo e Rivaldo quando quase ninguém acreditava neles. Reitero: todo grupo pronto só está pronto para ser derrotado.

Mais Machado

http://maisquadrinhos.blogspot.com/2010/02/machado-de-assis-em-quadrinhos.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ivan Lessa e Will Eisner

Internetando, digo a verdade, sou mais história em quadrinho. Da época de ouro da HQ. Lá entre os anos 40 e 50. Depois veio Stan Lee, romance gráfico, tudo, as coisas e as pessoas, ficaram excessivamente sérias. Tudo bobagem. Foucault e Derrida nunca se preocuparam com essas coisas. Nem mulheres nuas e peladas, nem com o Doll Man, o Homem-Bala, Manolita, Meia-Noite, Brucutu e Dick Tracy.
Will Eisner é o santo padroeiro dessa gente toda, dessa época que se foi. Chegou até mesmo, num dia menos inspirado, a perpetuar o primeiro romance gráfico. Se visse o que Alan Moore e o Frank Miller e o Art Spiegelman fizeram com o gênero, deixaria serenamente que o Espírito encerrasse seu expediente se casando afinal com Helen Dolan além do mais com a benção do Comissário Dolan. E fim de história. Em quadrinho.
Almocei uma vez com Will Eisner. Todos brasileiros almoçaram uma vez com Will Eisner. Ele nunca disse não a um festival de HQ, fosse no Rio, São Paulo ou Guarapuçaú. Nem todo brasileiro tem, no entanto, dois desenhos do Espírito incentivando-o, como é meu caso, a "keep up the good fight". Estão lá em casa. Emoldurados e pendurados na parede de meu quarto-escritório.

Brás por Srbek-Coda

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu,Wolverine

Na lista abaixo eu incluiria o Logan de Miller e Claremont

44 do Balaio de Moacy Cirne e Uma do Coda

OBRAS-PRIMAS DOS QUADRINHOS
segundo a nossa leitura crítico-afetivo-seridoense
- em dezembro de 2009

Séries quadrinhísticas:

1. Spirit (Eisner, 1940)
2. Krazy Kat (Herriman, 1911)
3. Philémon (Fred, 1966)
4. Little Nemo (McCay, 1905)
5. Corto Maltese (Pratt, 1967)
6. Ken Parker (Berardi & Milazzo, 1977)
7. Tarzan (Hogarth, 1937)
8. Lobo Solitário (Koike & Kojima, 1969)
9. Sin City (Miller, 1991)
10. Flash Gordon (Raymond, 1934)
11. Zeferino & Graúna (Henfil, 1972)
12. Sandman (Gaiman & outros. 1988)
13. Hit Parade (Wolinski, 1967)
14. Ferdinando (Capp, 1934)
15. Valentina (Crepax, 1965)
16. Mr. Natural (Crumb, 1967)
17. Dick Tracy (Gould, 1931)
18. Príncipe Valente (Foster, 1937)
19. Pogo (Kelly, 1941)
20. Feiffer (1956)
21. Pererê (Ziraldo, 1959)
22. Mafalda (Quino, 1964)

Novelas gráficas, mini-séries & similares:

1. Arzach (Moebius, 1978)
2. Bloodstar (Corben, 1976)
3. Lanterna mágica (Crepax, 1979)
4. Sonhar, talvez (Manara, 1983)
5. Elektra assassina (Miller & Sienkiewicz, 1989)
6. V de Vingança (Moore & Lloyde. 1982)
7. Incal (Jodorowsky & Moebius, 1981-82)
8. Batman: Asilo Arkham (Morrison & McKean, 1984)
9. Watchmen (Moore & Gibbons, 1986)
10. Nausicaa (Miyasaki, 1983)
11. O edifício (Eisner, 1987)
12. Batman: O Cavaleiro das Trevas (Miller, 1984)
13. Rever as estrelas (Manara, 1998)
14. Palestina - Uma nação ocupada (Sacco, 1999)
15. Saga de Xam (Devil & Rolin, 1967)
16. À sombra das torres ausentes (Spiegelman, 2004)
17. Jodelle (Pellaert & Bartier, 1966)
18. Os olhos do gato (Jodorowsky & Moebius, 1987)
19. Neverwhere (Corben, 1979)
20. Viagem a Tulum (Fellini & Manara, 1986)object
21. Quadrinhos em fúria (Luiz Gê, 1984)
22. O dobro de cinco (Lourenço Mutarelli, 1999)

Brás por Srbek

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um texto que explica John Ford,John Woo,Invictus,Futebol,Beyonce,Norah Jones e a Vida

CARLOS HEITOR CONY-Pais e filhos
- Pesquisa divulgada há pouco, dessas que ouvem milhares de pessoas de diferentes classes econômicas e sociais, procurou entender (ou explicar) as causas e efeitos que separam as gerações. Não se tratou do eterno conflito que sempre existiu entre velhos e moços atuando no interior da sociedade humana. O universo pesquisado foi o lar, a família, os pais e os filhos. De forma emblemática, eles representam o conflito entre o velho e o novo, mas há detalhes próprios dessa luta na célula familiar.A novidade desta vez é que o mal-estar entre as gerações que vivem sob o mesmo teto e repartem a mesma mesa é apenas um mal-entendido cultural de ambas as partes. Os pais acham que os filhos, por serem jovens, são necessariamente felizes, têm tudo da vida, tudo podem esperar do mundo. Os filhos acham que os pais, por representarem o poder, são necessariamente felizes, porque chegaram lá.Acontece que nem os filhos são obrigatoriamente felizes nem os pais estão obrigatoriamente realizados. Os filhos reclamam das cobranças paternas. Os pais acreditam que os filhos não reconhecem o valor (e o preço) do lar constituído, da comida na mesa todos os dias.Bastaria um olhar mais profundo de um grupo sobre o outro para desmanchar o equívoco. Nem os filhos precisam invejar os pais pelo poder nem os pais precisam ficar despeitados porque os filhos têm a vida toda à frente deles.O que salva a situação, pelo menos em alguns casos menos dramáticos, é o amor entre pais e filhos, e não o simples dever de colocar feijão todos os dias na mesa, para os pais, nem o respeito que os filhos devem ter por quem os sustenta. O amor nunca será a soma de iguais. Será sempre mais amor quando forem diferentes.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

"um certo sentimento íntimo" como escreveu Machado de Assis

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Toque de Mestre.

Ontem vi Ao Rufar dos Tambores e As Vinhas da Ira.Um cinema além da política e da arte.Um cinema que é simplesmente a vida tocada em frente.Bola no chão.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Recomendo Vivamente

http://blogdozegeraldocouto.folha.blog.uol.com.br