sábado, 31 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Os melhores de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
De volta ao Millor
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Direção: Marco Bellocchio. Com Roberto Herlitzka, Luigi Lo Cascio, Maya Sansa. O sequestro, em 1978, do líder da Democracia Cristã italiana, Aldo Moro, representou um trauma para o país (Moro era a reserva moral da DC, entre outras) e foi, de certo modo, o ponto baixo do pensamento de esquerda e sua ação mais inconsequentemente brutal. Marco Bellocchio retoma esse episódio-chave com uma lucidez impressionante. E filma com tanta elegância e precisão quanto pensa. Uma das grandes obras do século 21.(Inacio Araujo)
terça-feira, 11 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Tostão
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Paulo Francis
O problema de repressão e sublimação (a saída para as realizações culturais) está sempre conosco, desde que nascemos, quando mamães e babás nos impedem de fazer as coisas quando e onde queremos. Quem brinca, não trabalha, etc. É de uma simplicidade tão grande que só um gênio seria capaz de descobri-la.
terça-feira, 7 de junho de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Discreto Milagre
terça-feira, 26 de abril de 2011
Coda:coda
Woody Allen, o elegante
--------------------------------------------------------------------------------
--------------------------------------------------------------------------------
BRASIL, COMO eu te invejo! Leio na Folha que Rio e São Paulo se preparam para receber Woody Allen . Não o próprio, por enquanto. Mas a obra completa do próprio, mais de 40 longas, na retrospectiva "A Elegância de Woody Allen", no CCBB.
Sou suspeito. Escrevi texto para o catálogo, onde procuro traçar, brevemente, o pensamento filosófico de Woody Allen. Alguns acadêmicos fazem má cara com a pretensão e chutam Woody para as margens da filosofia "respeitável".
Perdoo-lhes, porque eles não sabem o que fazem: a filosofia não é coutada exclusiva de universidades e teses de doutorado. É possível pensar em imagens e com imagens.
E, no caso de Woody Allen, pensar os mesmos temas, oferecendo recorrentemente as mesmas respostas. Que são, confissão pessoal, os meus temas. E as minhas respostas.
O tema é clássico: qual o sentido da vida quando a morte e o esquecimento são certos? Não sei quando foi que a inquietação se instalou na minha cabeça pela primeira vez: teria uns dez anos quando a extinção se tornou clara e inevitável. E, com a certeza, o sentimento de frustração que vem e cobre tudo o que fazemos, sentimos, pensamos.
Eis o dilema que Shelley apresenta no seu poema "Ozymandias", a descrição de um viajante que se depara com a estátua do antigo faraó; e, na base da estátua, a inscrição plena de vaidade humana: "O meu nome é Ozymandias, rei dos reis:/ Contemplem as minhas obras, ó poderosos, e desesperai!".
Palavras ridículas e vãs. Milênios depois, quem desespera com as obras esquecidas do esquecido rei dos reis? Somos pouco. Somos nada.
Ozymandias aparece e reaparece, sob várias roupagens, nos filmes e nos personagens de Woody Allen. Umas vezes, de forma explícita: em "Memórias", o psicanalista explica que o seu paciente, interpretado por Woody Allen "lui même", sofria de "Melancolia de Ozymandias", uma incapacidade de apreciar a vida pela certeza da extinção final. Outras vezes, Ozymandias surge de forma pícara: será possível esquecer Mickey, o hipocondríaco de "Hannah e Suas Irmãs", que é salvo do torpor suicidário por um filme dos irmãos Marx?
O momento é epifânico. Não apenas em "Hannah...", mas na obra de Allen: num universo sem sentido e marcado pela radical ausência de Deus, restam aos homens banalidades mortais. "Banalidades", no sentido próprio do termo: as banalidades salvíficas que o personagem Isaac, em "Manhattan", debita para um gravador; os filmes dos irmãos Marx, é claro; mas também o talento desportivo de Willie Mays; uma sinfonia de Mozart; os filmes de Bergman; os romances de Flaubert; o rosto da mulher que amamos.
É pouco? Kierkegaard diria que sim: o "estádio estético" não garante o nível de realização humana que só o "salto" da fé religiosa permite.
Curiosamente, e nos últimos anos, Woody Allen tem refletido sobre essa hipótese: sobre os limites do estético. Ou, em alternativa, sobre a imperiosa necessidade de fundamentação ética. E não é por acaso que três dos últimos filmes ("Crimes e Pecados", "Match Point" e "O Sonho de Cassandra") partem da mesma pergunta arcana: num mundo sem Deus, tudo é permitido? Os três filmes, que a ignorância do tempo interpreta como repetições sem grande originalidade, devem ser vistos em conjunto. Porque eles vão adensando e amadurecendo uma resposta. Gradualmente.
Em "Crimes...", o personagem de Martin Landau mata e liberta-se da culpa com gélida indiferença.
Em "Match Point", sabemos que a sorte iliba o criminoso de uma condenação formal, mas não da condenação última intransponível e inegociável: a condenação da sua própria consciência, que será eternamente assombrada pelo cadáver da amante (Scarlett Johansson).
Finalmente, em "O Sonho de Cassandra", não há salvação possível: como no melhor da tradição rabínica, atos nefandos trazem apenas consequências nefandas.
Isso significa que Woody Allen, no final da vida, se reconcilia com a religião da sua infância? Não direi tanto. Evoluindo do "estádio estético" mas recusando o "estádio religioso", a posição de Woody Allen é uma posição secular, humanista e, ainda nas categorias de Kierkegaard, intermédia. Uma posição fortemente ética, que dispensa Deus mas nunca a consciência dos homens. Para um pessimista crônico, melhor é impossível.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Um grande texto grande do maior jornalista brasileiro vivo:Janio de Freitas
- Não foi o revólver que atirou em Realengo. Não foram os dedos que o acionaram. Foi a cabeça do atirador. Nessas violências, antes de tudo está a cabeça. E por que ela agiu, no caso e nos demais de desatino semelhante? Por desconhecimento e inércia -o que não quer dizer culpa- de segundos e terceiros mais próximos, ou menos distantes, do rapaz arredio.As poucas e breves narrativas que o retratam, na visão de parentes, expõem com toda a clareza um longo caso de transtorno mental necessitado de tratamento. As narrativas demonstram, na mesma medida, que não faltou a percepção desse estado por quem ouvia ou observava o rapaz: o fascínio pelo ataque às torres em Nova York, o desejo de destruir o Cristo Redentor, a reclusão voluntária, a alteração da própria figura -tudo muito indicativo e bem percebido.Apesar disso, não houve iniciativa alguma. Apenas estranheza. Não há por que imaginar descaso, muito menos de todos. A falta, tudo indica, foi de conhecimento do que fazer. De conhecimento da existência de serviços capazes do auxílio, até em um simples posto de saúde apto a dar orientação sobre o serviço a procurar. Sim, tais serviços são pouco numerosos; faltam-lhes mais verbas, mais pessoal, mais instalações. Existem, no entanto. E devem ser procurados para casos como o do rapaz de Realengo. Tão numerosos.A providência que falta é a informação ao grande público sobre o que está ao seu alcance, quando estranhezas excessivas e injustificáveis impressionem. Não porque a persistência das condutas leve a desfechos horríveis. Mas o sofrimento do próprio transtornado já é bastante para uma iniciativa solidária.Providência governamental já atrasada é uma campanha insistente de esclarecimento do grande público, sobre o que deve fazer diante de casos como o do rapaz de Realengo antes da explosão de seu distúrbio. Isso, sim, é uma das prevenções necessárias -para pacientes e para a sociedade.Do contrário, nos casos que vão aos extremos, quando não forem revólveres, serão facas, serão barras de ferro, serão as mãos. E, nos outros casos, será o sofrimento reparável de tanta gente, dos pacientes às famílias e aos próximos.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
As Palavras do Juca Kfouri e o meu silencio
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Bolsonaro,a "maluca"
sábado, 2 de abril de 2011
Política
F...-se se ele arrancou o adamantium do Wolverine, se ele destruiu Nova Iorque inteira na fase do Morrison, se ele matou alguns de seus Acólitos a sangue frio, se ele quase matou a Kitty, se ele já foi parte do Clube do Inferno, se e;e matou a Jean grey...
Cara, esses X-men são piores que os Brasileiros e seus políticos!"
quarta-feira, 30 de março de 2011
A Renascença
Para lembrar Jose Alencar
terça-feira, 29 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Quem foi Moacyr Scliar?
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Ao Mestre Zé,com carinho
sábado, 12 de fevereiro de 2011
O mundo é uma piada Prêt-à-porter
Do InterNey.Net - (In)formação e (In)utilidade -Melhores do Mundo:"... Já faz alguns anos que o colunista Reinaldo Azevedo, da Veja, cunhou o termo "petralha". O neologismo é uma mistura de "petista" (simpatizante ou membro do Partido dos Trabalhadores) e irmãos Metralhas, os gêmeos bandidos do universo Disney. Em janeiro, a Panini usou o termo em uma tradução para uma história... Do Batman! Em Batman 98, mais especificamente em uma história de Grant Morrison e Cameron Stewart (publicada originalmente em Batman and Robin #7 lá fora), na página 34 "petralha" surge para substituir a palavra "Nasty". Veja a descrição da cena do usuário Flávio, do Forum Miolos:
O carcereiro que acompanha o morcegão na prisão se refere ao vilão Rei Perolado do Crime como “petralha”. Até onde sei, essa expressão ainda não foi dicionarizada. Trata-se de um neologismo criado por Reinaldo Azevedo, blogueiro da Veja, para designar petistas (petralhas = petistas + Irmãos Metralhas). No original, foi usada a palavra “nasty” (que pode ser traduzida como asqueroso ou desagradável). Achei no mínimo inusitada a opção do tradutor..."
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
De volta para o futuro
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Paulo Francis-Um Classico-Coda
FERNANDO DE BARROS E SILVA:" Lucas Mendes é o maestro. Sóbrio, discreto, seguro, embora nem sempre eficiente ou bem-sucedido na tarefa que lhe cabe, ele tenta organizar o debate e dar andamento à pauta do programa. Os solistas não o ajudam muito.O número 1, Arnaldo Jabor, tem rompantes de indignação retórica e longos intervalos de prostração. Parece enfezado, desgostoso do Brasil e de si mesmo, talvez da aposta que fez no atual governo, da qual souber tirar dividendos vários, que agora vê fazer água (voltaremos ao assunto).Menos brilhante e menos espírito de porco que seu antecessor, Jabor é ainda assim um bom "cover" de Paulo Francis. Se esse era, como é, para o bem e para o mal, insubstituível, Jabor incorporou o estilo com talento. Francis era mais cínico e tinha o dom de rir da caricatura que fazia de si mesmo. Isso obviamente não redimia suas barbaridades, seu "fascismo ilustrado" travestido de "mal a l'aise" (mal-estar) aristocrático.Depois de Jabor vêm Nelson Motta e Caio Blinder, os caçulas desse programa de titãs da imprensa tupiniquim-cosmopolita. Estamos falando, como se sabe, do "Manhattan Connection", o programa do GNT que antecipou e é um dos grandes retratos televisivos do Brasil Hall.Para quem não frequentava essa turma há uns bons meses, o programa do último domingo foi uma surpresa -péssima, digo logo. Será que eles sempre gritaram desse jeito, e esse colunista havia esquecido? Será que sempre tiveram coragem de dizer as bobagens do senso comum conservador, muitas vezes vaticinando sobre o que desconhecem, com a mesma desenvoltura? Suspeito de que o programa tenha ganhado estridência, como se a falta de superego de Francis tivesse sido repartida e se multiplicado entre os demais participantes.Arrisquei em 97, quando escrevi sobre o programa, uma hipótese que hoje não parece mais válida, pelo menos não inteiramente. Dizia então que a pauta do programa era de esquerda, progressista, mas que a discussão ia no sentido de desqualificá-la. Dizia que o charme e o segredo do programa residiam nesse descompasso entre o que anunciava e o que de fato realizava. Falava então que o "Manhattan" era a pedagogia do oprimido dos tucanos, a tradução perfeita de um sintoma de época.O Brasil ficou mais cínico nos últimos anos. Vem regredindo com o colapso do projeto de poder de FHC. A dissolução do sonho (mesmo que seja desse sonho, a "utopia do possível" de FHC) está como que liberando uma espécie de "pega-pra-capar" das elites, cada um por si, Deus contra todos.Nos anos de ouro do real houve a farra da classe média, agora há a forra das elites. O "Manhattan" parece refletir uma e outra -a desilusão da classe média e a gangsterização das camadas dominantes.Não há mais descompasso entre o que promete e o que cumpre -o programa agora é abertamente reacionário e urra para dizê-lo- todos gritam, como num filme de Glauber Rocha.Cenas do Brasil Hall.Nelson Motta está permanentemente encantado com a própria frivolidade. Vê-se que se deslumbra consigo mesmo quando diz: "Quem é que iria emprestar dinheiro ao Brasil? A Cruz Vermelha?". Estava então defendendo a submissão (é esse o nome) da política econômica aos técnicos do FMI. Todos concordam e Jabor, sempre entediado, repete que o problema não é o Fundo, nem a agenda do governo ("a agenda é boa"), mas a burocracia brasileira, a mentalidade do atraso, aliada à falta de energia do Executivo.Pelo contrário, sempre houve muita energia nesse Executivo, e se houve, e há, impassibilidade e frieza diante da miséria, ela é reflexo objetivo de uma aliança política que não foi eleita para enfrentá-la, em nenhum momento.Discutiu-se a TV brasileira no último "Manhattan Connection". Discutiu-se é modo de dizer, falou-se meia dúzia de bobagens a respeito. Isso porque deu no "The Wall Street Journal" que a inserção dos pobres no mercado com o real deflagrou uma onda de popularização da programação da TV aberta. Pauta velha, os pobres estão sendo "desinseridos" do mercado. Todos os participantes isolam então o inimigo, falam mal de Ratinho e blablablá.Nelson Motta, sempre ele, aproveita para dizer que Chacrinha era um gênio. Sim e não e mais não do que sim porque no prototropicalismo de Chacrinha, na sua irreverência, estava embutida a figura do animador de auditório que divertia o país atirando bacalhau na cara dos pobres. Violência carnavalizada, barbárie festiva para consumo das massas, germe e fonte de inspiração para os Ratinhos de hoje, esse o destino histórico de Chacrinha.Caio Blinder merece uma nota a parte. É crédulo. É bem-intencionado. Chega a ser comovente. Disse que acredita na teoria da evolução do homem. O povo, disse singelamente, começou a ver TV, passou a comer frango e iogurte, com o tempo vai comer coisas melhores, vai ver programas mais sofisticados. Parece piada, mas é verdade. A moral da história dessa anedota involuntária é a seguinte: o povo não vai dessa para melhor, evidentemente, mas a elite já tem o seu programa do Ratinho. O nome é em inglês e passa na TV por assinatura, um luxo só. É a cara do Brasil Hall, do Brasil Connection, da Conexão Manhattan, sabe-se lá onde essa gente quer chegar... "
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Paulo Francis-Um Clássico II
Francis nem se dava conta, mas era um otimista. Por mais rigoroso que fosse com certos tipos, não imaginava que um dia Lula, a quem chamava “o Menas”, se uniria àquele que associava a um vampiro."
Paulo Francis-Um Clássico
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Um Clássico
domingo, 30 de janeiro de 2011
Veneno Remédio por Inacio Araujo
sábado, 22 de janeiro de 2011
Complexa simplicidade
sábado, 8 de janeiro de 2011
Pensando na década,esqueci de desejar um feliz 2011.Faço minhas as palavras do Inacio.
Nane,
quero aproveitar a oportunidade desta resposta para agradecer ao pessoal que tem acompanhado o blog, com ou sem intervenções, quer para concordar, quer para discordar, porque sinto as coisas cheias de vida nessas ocasiões.
também quero aproveitar porque de vez em quando não respondo às pessoas que estão de acordo comigo, mas é que me falta tempo e sinto que a afinidade dispensa essas formalidades. Penso no Cícero, no Allegro, em outros amigos destes últimos tempos.
Abraço a todos e felicidade a todos neste fim de ano e em 2011.