A Espanha que chegou à Copa favorita não tem nada a ver com aquela conhecida como “Fúria” em anos anteriores.
Trocasse a camisa e poderíamos reconhecer no time de Del Bosque um Brasil de anos atrás, um time que privilegia o talento em detrimento da tática e da força, um time que tenta ganhar, que chuta a gol, que sofre e assusta-se com os contra-ataques rivais, mas que assusta e ataca muito mais.
A Fúria desapontou muitas vez es por ter interrompida repetidas vezes sua volúpia de futebol voluntarioso, por fazer sublimar seu “furor”, por virar pó frente a times mais tradicionais: por amarelar, como se convencionou chamar esse tipo de comportamento em campo. Ainda que não se possa falar que essa Espanha de 2010 seja irresistível, imbatível ou coisa que valha, é possível dizer que se trata de um time sedutor. E a partida que selou a classificação da Espanha à inédita final foi o resumo fiel disso.
A Espanha 2010 toca a bola com paciência. Não tem pressa. E envolve. Com um "q" de Barcelona, a Espanha, com consistente defesa, meio criativo e ataque perigoso, é o time mais “elegante” desta Copa. E mesmo assim assusta. Tão “não” Fúria... Tão espanhol!
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