O diário espanhol Marca divulgou ontem um vídeo em que ninguém menos do que a rainha Sofía, da Espanha, “invade” o vestiário da seleção de seu país — e basta olhar o estado em que se encontrava aquilo para perceber que a cena não foi armada, não com muita antecedência ao menos — para parabenizar os jogadores depois da vitória contra a Alemanha. Dunga diria que a rainha foi lá para “ver homem pelado”.
Certamente não foi para isso, mas quase. Puyol, o herói da partida, um tanto constrangido, cumprimenta a rainha de toalha na cintura. Publico acima o vídeo que já está no Youtube. No Marca, vocês encontram a versão sem corte, com a rainha tropeçando nos meiões largados pelo caminho.
É claro que o contraste entre a figura sóbria da rainha e o ambiente um tanto insalubre do vestiário ajuda a fazer a graça da cena. Mas o que há de bacana no conjunto é uma certa nonchalance — dela e deles —, que em nada lembra o clima de guerra que os idiotas brasileiros resolveram imprimir à disputa.
Não tem essa de reino de chuteiras, não! A rainha, diga-se, encontra o reino sem chuteira, sem camisa, sem meias e até sem calção! Dunga e Jorginho — eleitos pela vontade magnânima do rei Ricardo Teixeira, um ditador um pouco menos longevo do que Fidel Castro — a colocariam para fora aos pontapés. Para não atrapalhar a concentração dos seus guerreiros…
A elegância não depende de educação formal, classe social ou ambiente. A elegância é um conjunto harmonioso de delicadezas que não tem precondições.(por Reinaldo Azevedo)
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