Sex, 23 Out, 11h18
Por Sérgio Rizzo
Desde que o francês Eric Cantona se aposentou, há mais de 10 anos, a torcida do Manchester United não pode reclamar da falta de ídolos e muito menos de títulos. Roy Keane, David Beckham, Cristiano Ronaldo e Ryan Giggs são alguns dos que foram (e ainda são, no caso do incansável Giggs) venerados em Old Trafford e tremendamente identificados com a leva de conquistas desse período mais recente, incluindo dois títulos europeus e dois mundiais.
Não importa: o lugar ocupado por Cantona no coração da torcida continua intocado, como demonstra “À Procura de Eric”, que abriu nesta quinta-feira a 33ª. Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, será exibido em mais cinco sessões durante o evento e entrará em cartaz no próximo dia 6.
No filme, que oferece diversão garantida para quem gosta de futebol, o protagonista é um carteiro de Manchester, também chamado Eric (interpretado por Steve Evets). Separado duas vezes, com arrependimento pelo que fez com a primeira mulher e em dificuldades para lidar com os filhos adolescentes da segunda, ele está deprimido. Quem aparece para lhe dar conselhos?
Sim, Cantona. Mas não o sujeito temperamental e belicoso que atuou pelo Manchester United de 1992 a 1997, e que chegou a pular na arquibancada para brigar com torcedores (o que lhe custou suspensão determinante para o afastamento do grupo montado pelo treinador Aimé Jacquet para a Copa de 1998).
O Cantona de “À Procura de Eric”, hoje com 43 anos, é uma espécie de consultor “zen”, mais tranqüilo e sábio, que orienta o carteiro a agir para resolver seus problemas com base em ensinamentos do esporte. Diversos golaços são exibidos, mas nenhum deles representa o momento mais sublime que o ex-jogador diz ter vivido em um campo de futebol. Qual foi? Nada de estragar a surpresa.
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